Jornalistas: empresas cancelam negociações salariais pela 3a vez

Virou rotina. O Sindicato das Empresas Proprietárias de Rádios e TVs do Ceará cancelou novamente a reunião de negociação salarial que ocorreria no dia 12 de fevereiro com os jornalistas de mídia eletrônica, com data-base em 1º de janeiro. Desde o dia 6 de janeiro, este é o terceiro adiamento. A diferença é que, desta vez, não houve qualquer justificativa. Até agora, apenas duas reuniões ocorreram, o que tem comprometido as negociações entre empregados e patrões.

Na segunda rodada de negociações, as empresas se comprometeram com a comissão laboral a apresentar, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), uma posição sobre as reivindicações dos profissionais de rádio e TV. Ao invés disso, deixaram os trabalhadores sem resposta. "O sindicato patronal deve uma explicação para os jornalistas", cobra a presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce), Déborah Lima. A terceira rodada de negociação foi remarcada para o dia 25 de fevereiro, na SRTE.

Profissionais cobram resposta

Os jornalistas continuam esperando uma resposta sobre a pauta de reivindicações dos profissionais de mídia eletrônica, que inclui reajuste linear de 7% (INPC de 4,11% + 2,78% de ganho real), piso salarial de R$ 1.553,91, seguro de vida/invalidez de R$ 40.655,30, Reportagem Especial de R$ 889,56 por minuto de texto e R$ 481,29 por minuto de imagem, vale-refeição diário de R$ 10,00, cursos de capacitação, criação de uma comissão de saúde para melhorar as condições de trabalho nas redações e a renovação de todos os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2009.

Fonte: Sindicato dos Jornalistas no Ceará