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João Franzin: por que é justo comprar pirateado

Fui ao cinema, num shopping, semana passada. Ingresso: R$ 16,00 (sexta, sábado e domingo, é R$ 22,00); pipoca (a menor): R$ 5,50. Fui a pé. Voltei de táxi: R$ 12,00. Gastei, ao final, R$ 33,50.

Por João Franzin, na Agência Sindical

Duas pessoas, na mesma condição, com duas reles pipocas, gastariam R$ 67,00, o equivalente a 13,14% do novo salário mínimo.

Ou seja, o trabalhador, na prática, está proibido de ir ao cinema, porque se for uma vez por mês certamente comprometerá o orçamento da família. Imagine se forem marido, mulher e dois filhos?! Gastariam R$ 134,00. Impraticável!

O que é praticável? Comprar DVD pirata. É praticável e justo.

Segunda-feira, dia 22, comprei três Lula, o Filho do Brasil por R$ 10,00, um pra mim e os demais para dar de presente a pessoas que não podem gastar R$ 33,50 por uma singela sessão de cinema, que, no passado, custava pouco mais que uma passagem de ônibus.