Folha de Pe: Comunistas esperam que o PT consiga se unir

Aliado histórico do PT, o PCdoB aguarda o desenrolar da disputa acirrada entre os principais líderes petistas pela vaga na chapa majoritária governista.

A expectativa dos comunistas é que, ao final, havendo ou não prévias para escolher o candidato a senador, o PT resolva o impasse e saia unido. “Desde de 1989, dizíamos que nós, sozinhos, só temos 25% dos eleitores, então é necessário unir forças, e essa política que definimos se tornou vitoriosa no Brasil, em Pernambuco, em Recife, e em várias outras regiões. O que a gente espera é que o PT chegue a um consenso e vá nos ajudar nas majoritárias de forma unida”, declarou o deputado estadual Luciano Moura (PCdoB), ontem, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7.

Logo depois o parlamentar tratou de deixar claro que os comunistas respeitam a discussão de nomes dentro do partido aliado, já conhecido por seus constantes debates e embates internos. “O PT é um partido que já foi construído nesta pluralidade, tanto que é cheio de tendências. Agora, o PCdoB tem outra forma de se conduzir. Respeitamos todos os pré-candidatos do PT, que são fortíssimos”, assinalou, referindo-se ao secretário Humberto Costa, deputado Maurício Rands e o ex-prefeito João Paulo.

Todavia, Moura lembrou que não há vaga certa na indicação ao Senado, e que todos as legendas estão sendo analisados pelo governador Eduardo Campos (PSB), inclusive o PCdoB. “O próprio governador já sinalizou, a partir de vários interlocutores, que o processo de discussão se daria apenas após o Carnaval. Então, o PCdoB não descarta a possibilidade de concorrer a uma vaga na majoritária, mas quem vai nos dirigir é o governador”, reforçou.

Já o prefeito de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB), declarou ao Blog de Inaldo Sampaio, admite preocupação com os problemas petistas. Ele considera que há um “ambiente desconfortável” para os aliados, que pode ter consequências durante a campanha eleitoral. Calheiros defende que João Paulo e Humberto Costa devem para de trocar farpas pela Imprensa e só falarem depois de chegaram ao consenso.

Fonte: Folha de Pernambuco.