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PCdoB debate situação da América Latina com PC de Cuba

“En la unidad está la fuerza”, afirmou o chefe do Departamento Internacional do Partido Comunista de Cuba, Jorge Martí Martinez, em reunião com a direção do PCdoB, a respeito de como o povo cubano e as forças revolucionárias e democráticas na América Latina devem conduzir a luta pela emancipação nacional e social e pela integração solidária da região.

Na última sexta-feira (19), Martinez – acompanhado do responsável pelas Relações Internacionais do PCC para o Cone Sul, Orlando Silva e por Maria Antonia Ramos, conselheira política da Embaixada cubana em Brasília – encontrou-se com Renato Rabelo, presidente do PCdoB, Ricardo Abreu “Alemão”, secretário de Relações Internacionais e Ronaldo Carmona, membro da Comissão de Relações Internacionais.

A consigna da unidade, levantada por Martinez, se aplica ao povo cubano no enfrentamento do mais prolongado bloqueio econômico registrado na história contemporânea, o dos EUA contra a ilha rebelde. E ainda para que os cubanos possam suplantar as consequências da crise do capitalismo, que também prejudicou a economia cubana, segundo avaliação do dirigente comunista.

O governo cubano, completou Martinez, avança no processo de renovação do socialismo, promovendo mudanças para elevar a produtividade, a racionalidade e a eficiência na economia, aprimorar a institucionalidade das instâncias governamentais e incrementar a pesquisa tecnológica.

Apesar de certa alteração no discurso e nos métodos do imperialismo estadunidense com relação a Cuba, o governo Obama continua com a sua política de bloqueio e de cerco econômico. Segundo Martinez, os dirigentes norte-americanos ainda nutrem o sonho de que a revolução cubana possa desaparecer. Entretanto, o dirigente ressaltou confiante que, “em Cuba, o socialismo seguirá”.

Renato Rabelo, por sua vez, destacou o fato de que todas as vitórias do povo cubano são também conquistas das forças avançadas no Brasil. “Aqui em nosso país, lutamos para unir as esquerdas e o campo de apoio ao presidente Lula”, disse.

No caso brasileiro, explicou o dirigente do PCdoB, haverá uma polarização entre o campo que representa o novo ciclo político que o país vive e o campo representado pelos setores conservadores, com o PSDB/ DEM à frente, defensores do neoliberalismo e contra o fortalecimento da união da América Latina.

De Brasília,
Pedro de Oliveira