Cinema brasileiro pós-Lula é tema de festival na Espanha
A coincidência entre a chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao poder, em 2003, e o impulso recebido pelo cinema brasileiro é um dos temas da Semana Internacional de Cinema da cidade espanhola de Valladolid (Seminci). Os estímulos à produção audiovisual por parte do Governo Lula triplicaram o número de títulos nos últimos anos, levando o Brasil a ser o país que mais produz filmes na região ibero-americana.
Publicado 25/02/2010 18:02
Sob o título de "Brasil emergente", essa revisão reunirá as obras dos autores mais representativos do cinema brasileiro desde 2003, como Fernando Meirelles ("Cidade de Deus"), José Padilha ("Tropa de elite") e Marcos Jorge, que ganhou a Espiga de Ouro da Seminci em 2008 com "Estômago".
A 55ª Seminci está prevista para entre os dias 23 e 30 de outubro. Por razões econômicas, reduzirá sua duração em um dia e o número de longas-metragens de sua seção oficial será menor.
Segundo fontes da organização do festival, os estímulos à produção audiovisual por parte do Governo Lula triplicaram o número de títulos nos últimos anos, levando o Brasil a ser o país que mais produz filmes na região ibero-americana.
O ciclo mostrará não só o trabalho dos criadores de cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, mas também dos estabelecidos em estados como Pernambuco, caso de Paulo Caldas ("Deserto Feliz"), Marcelo Gomes ("Cinema, Aspirinas e Urubus") e Cláudio Assis ("Baixio das Bestas").
Além dos diretores de ficção, onde também figuram Walter Salles ("Central do Brasil") e Karim Aïnouz ("O Céu de Suely"), destaca-se igualmente a presença de diretores de documentários como Eduardo Coutinho ("Jogo de Cena"), Evaldo Mocarzel ("À Margem do Concreto") e Andrea Tonacci ("Serras da Desordem").
A Seminci 2010 dedicará seu segundo e último ciclo ao diretor japonês Akira Kurosawa (1910-1998), com uma retrospectiva de sua obra que lembrará o centenário do nascimento do autor de "Os Sete Samurais".
Fonte: EFE