Sem categoria

Sociais-democratas procuram aliança com verdes na França

Uma eventual aliança entre os sociais-democratas do Partido Socialista (PS) e os meio-ambientalistas Europa Ecologista pode significar a completa derrota da União por um Movimento Popular, a organização direitista que governa o país e que sofreu um grande revés nas eleições regionais do último fim de semana.

A dura derrota sofrida no último domingo (14) pela UMP, do presidente francês Nicolás Sarkozy, serviu para confirmar o descontentamento popular, ainda que não signifique necessariamente a derrota total da direita no poder.

O PS, de Martine Aubry e o EE, de Daniel Conh-Bendit, caso estabeleçam uma aliança estratégica pode estabelecer um domínio nas 26 regiões administrativas da França no segundo turno, com números avassaladores.

O premiê François Fillon voltou a minimizar os resultados ao destacar a forte abstenção, ao redor de 53 por cento, que para ele indica uma ausência de preferência por parte do eleitorado.

Os resultados econômicos insatisfatórios e o desemprego cada vez maior foram os pontos mais frágeis da administração Sarkozy, além de comportamentos que desagradaram os eleitores franceses.

O chefe de Estado é a cabeça visível na queda da UMP, quando ainda se fala muito da promoção de seu filho, Jean Sarkozy, de 23 anos, para um cargo estratégico na esfera dos negócios.

Segundo dados oficiais, com mais de 96% dos votos computados, os candidatos do PS e de outras organizações de esquerda acumulavam 53,6% dos votos, enquanto a UMP e outros grupos direitistas chegavam a 39,8%.

A Frente Nacional, de extrema-direita, conseguiu 11,4% dos votos, um resultado bem abaixo do obtido na eleição de 2004, quando chegou a 15%. Em seguida vieram os ecologistas, com 11% dos votos.

Aubry disse sentir-se feliz pelos resultados para os aliados dos sociais-democratas, com o qual abriu as portas aos acordos diante do segundo turno de 21 de março.

No entanto, o senador Jean Luc Melenchon, líder do Partido de Esquerda, considerou que a abstenção (10 por cento maior que em 2004), "é uma insurreição civil contra a atual política da França".

"Estão nos dizendo, não gostamos do que ocorre atualmente e se vocês não mudam, não vamos votar", afirmou.

Com informações da Prensa Latina