BH sedia o 1º Encontro Nacional de Telemarketing

Operadores de telemarketing e dirigentes sindicais de diferentes regiões do país participaram de um importante debate sobre a situação dos profissionais de call center, no 1º Encontro Nacional de Trabalhadores em Telemarketing e Teleatendimento, realizado nos dias 12, 13 e 14 de março.

Encontro Telemarketing - Bruno Carvalho

A abertura aconteceu na Assembleia Legislativa com a participação na mesa do Presidente da CUT MG Marco Antônio, da CTB – MG Gilson Reis, da Fittel Brígido Ramos, Representante do Cerest Contagem Alexandra Xavier, do presidente do Sintratel SP – Marco Aurélio, do diretor do Sinttel-MG Tiago Santana e representando a maior parcela da categoria composta por jovens e mulheres a trabalhadora Andresa do Vale.

Os debates ocorreram no Sesc Venda Nova, em Belo Horizonte, contou ainda com a presença de profissionais da área da saúde, servidores públicos, economistas, advogados trabalhistas e parlamentares.

A dura realidade dos operadores de telemarketing e teleatendentes era consenso entre os participantes do encontro, faltava apenas, a partir das discussões, entender a origem da exploração no setor e apontar caminhos para tirar a categoria de um cenário que arremete aos tempos de escravidão. “Se um sindicato se atém apenas a problemas com folha de ponto que não chegou, o desconto indevido, ou seja, se preocupa apenas em apagar incêndios, torna-se insuficiente diante da dura realidade. É preciso ira até a raiz do problema, daí a importância de um debate nacional sobre a questão, afirmou o diretor do Sinttel-MG, Tiago Santana, sobre a realização do evento e a necessidade de ampliar a ação sindical.

Para o presidente da Fittel, Brígido Ramos, o encontro foi fundamental para organização da categoria em todo o Brasil, além de tornar público à realidade dentro dos call center’s. “Os jornais falam do grande ganho de emprego no país devido, principalmente, ao setor de teleatendimento, contudo, deixam de falar das dificuldades enfrentadas por esses trabalhadores no dia a dia”. O presidente da federação ainda alertou aos sindicalistas presentes sobre a necessidade de maior participação dos operadores de telemarketing junto à organização sindical. “Esta é uma situação muito séria. A categoria de teleatendentes está prestes a se tornar a maior do mundo, e o trabalhador que não tiver senso coletivo estará contribuindo para manter a exploração. Contamos com todos”, afirmou Brígido,
A atividade promovida pela Fittel (Federação Interestadual dos Trabalhadores em Telecomunicações) contou com a participação do Sinttel (Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações) MG, CE, RS, DF, PI, SE, PB, BA, RN, PA, SindPQ de Campinas e do Sintratel (Sindicato dos trabalhadores em Telemarketing) de SP e CE.

O encontro encaminhou um documento assinado pelas entidades que apontam para algumas reivindicações como a luta contra a precarização do trabalho, pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários, valorização dos profissionais bem como outras bandeiras a serem defendidas nos próximos anos.

De Belo Horizonte,
Bruno Carvalho