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Pela primeira vez, Fifa aceita projeto do Morumbi

Depois de meses de críticas, a Fifa elogiou o mais recente projeto do Morumbi para a Copa 2014. O secretário-geral da entidade, Jerôme Valcke, afirmou nesta sexta-feira (19), em Zurique (Suíça), que último projeto apresentado pelo São Paulo à entidade preenche todos os requisitos da Fifa.

"Para a Copa, as últimas informações que temos, até do Morumbi, que é uma saga entre a Fifa e São Paulo, são muito boas. O último projeto que recebemos preenche todos os requisitos pedidos ao São Paulo", disse Valcke. A nova avaliação do secretário surgiu após visitas técnicas de membros da Fifa ao Morumbi na última segunda-feira (15).

Na última reunião entre a entidade e o Comitê Executivo paulista da Copa, em janeiro, a situação do Morumbi era bem diferente. Valcke vetou o estádio para o jogo de abertura e semifinal e pediu mais investimentos. Até então, o estádio poderia receber, no máximo, partidas da primeira fase e de oitavas. "Ou há um compromisso de pôr dinheiro em um projeto ou a maior cidade do Brasil não terá jogos grandes", afirmou o secretário na ocasião.

Até então, as principais deficiências do estádio eram os pontos cegos — especialmente no anel inferior —, e a capacidade, que ficaria abaixo dos 65 mil assentos necessários para jogos importantes da Copa.

Para equacionar as demandas o escritório de arquitetura GMP, responsável pelas adequações, propôs rebaixar o gramado do Morumbi em até três metros. A intervenção só será possível com o desvio de um córrego que passa por baixo do estádio, obra que ficará a cargo da prefeitura.

Para aumentar a capacidade e corrigir a curva de visibilidade do estádio, o São Paulo pretende estender o anel intermediário dos setores laranja (norte), vermelho (oeste) e amarelo (sul). A intervenção eliminaria o anel inferior e acrescentaria novos degraus.

Mudanças

O São Paulo fez inúmeras tentativas para enquadrar seu estádio às normas da Fifa. A mais expressiva foi a contratação em agosto passado do escritório alemão GMP -que projetou arenas para a Copa da Alemanha (2006) e da África do Sul (2010)-, e que trabalha junto com o arquiteto Ruy Ohtake, à frente do projeto desde 2008.

A reformulação propôs a construção de dois edifícios para atender às exigências da Fifa, um deles anexo ao estádio e outro sob a praça Roberto Gomes Pedrosa -que seria bancado pela prefeitura e pelo governo estadual. Em seguida, pontos-cegos, capacidade e espaço inadequado para áreas de hospitalidade continuaram barrando o Morumbi.

Da redação, com informações do Portal Copa 2014