CPI contribuirá para atualizar leis fundiárias, diz deputada
O presidente da Câmara, Michel Temer, anunciou na quarta-feira (17) a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a situação fundiária e o uso irregular de terras na Amazônia. De acordo com a deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que propôs a CPI, o objetivo é fazer uma análise contemporânea da legislação no que diz respeito à ocupação de terras na área da floresta.
Publicado 22/03/2010 17:42 | Editado 04/03/2020 16:12
CPI anterior
Esta não é a primeira vez que é criada uma CPI na Câmara para investigar a grilagem de terras. Em 2001, a CPI da Ocupação de Terras Públicas na Amazônia sugeriu o indiciamento de aproximadamente 80 pessoas. Entre os resultados obtidos, 50 milhões de hectares retornaram ao patrimônio da União só no estado do Amazonas.
De acordo com o deputado Luciano Castro (PR-RR), que presidiu essa primeira comissão, uma nova CPI não surtirá efeitos, pois o mais importante seria cobrar as providências exigidas pela CPI anterior. "A CPI, por si só, não resolve o problema, mas ela pode se desdobrar em soluções para as questões levantadas", observou.
Questionada sobre o pouco tempo que a CPI terá para atuar, tendo em vista as eleições deste ano, a deputada Vanessa Grazziotin destacou que isso não será problema. Segundo ela, as investigações podem ser interrompidas em junho e prosseguir após o pleito de outubro.
Fonte: Rádio Câmara