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Diretor do BCE discorda de papel do FMI em ajuda à Grécia

 Embora Alemanha e França tenham ajustado um plano de socorro à Grécia incluindo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o tema ainda desperta sérias controvérsias na comunidade européia. Na sexta (26) o diretor do Banco Central Europeu e presidente da autoridade monetária de Portugal, Vitor Constancio, declarou que o FMI não deveria fazer parte do plano de ajuda à Grécia.

 

"Como eu disse durante minhas audiências no Parlamento Europeu, eu creio que o FMI não é necessário e não deveria ter um papel", afirmou em entrevista a jornalistas um dia após os líderes da zona do euro alcançarem um acordo para potencial ajuda à endividada Grécia, envolvendo o Fundo.

Cinismo

Constancio também foi nomeado vice-presidente do BCE. A intervenção do FMI é vista como uma humilhação para os europeus, muito embora a instituição esteja sob seu controle e sirva para monitorar a economia do chamado Terceiro Mundo.

O que se vê, nesta polêmica, é uma demonstração de hipocrisia das decadentes potências europeias, conforme notou o economista Paulo Nogueira Batista Júnior. As relações entre a Europa imperialista e os países capitalistas dependentes justifica o provérbio do cinismo: “façam o que eu mando, mas não façam o que eu faço”.

Da redação, com agências