Ato em resposta à UGT reúne 200 em solidariedade a Cuba
Cerca de 200 manifestantes, entre os quais militantes históricos do movimento de solidaridade a Cuba, como o vereador Jamil Murad (PCdoB), participaram nesta quarta-feira (7/4) de ato em apoio à revolução cubana realizado em frente ao consulado do país, em São Paulo (SP). O ato foi uma resposta à atividade organizada pela União Geral dos Trabalhadores (UGT) em ataque a Cuba.
Publicado 07/04/2010 17:05
Concentrados em frente ao Consulado de Cuba em São Paulo, os manifestantes empunharam enorme bandeira cubana, gritaram palavras de ordem a favor da ilha caribenha e contra as ofensivas destinadas a atacá-la, envolvidos por canções revolucionárias.
O integrante da Secretaria de Relações Internacionais do Partido dos Trabalhadores (PT) Max Altman conta que o ato foi organizado para dar uma resposta contundente àqueles que pretendem agredir a revolução cubana, me alusão à atividade da UGT.
UGT e as Damas de Branco
Um pequeno grupo da direitista União Geral dos Trabalhadores do Brasil (UGT) tratou de somar-se à atual ofensiva contra Cuba, orquestrada desde os principais centros de poder na Europa e Estados Unidos, mas – apontou Altman – os que são a favor do povo e governo cubanos no Brasil são muito mais numerosos. As ações internacionais se concentram em valorizar um pequeno grupo de cubanos chamado de "Damas de Branco", supostamente mães e esposas de alguns dos 75 dissidentes presos na repressão de 18 de março de 2003, se comprometeram a protestar todos os dias nesta semana, com o objetivo, dizem elas, de "chamar a atenção internacional ao problema dos presos políticos em Cuba", conforme reportagem da Agência Estado.
Para o secretário de Relações Internacionais do PCdoB, Ricardo Abreu, um dos organizadores do ato em solidariedade a Cuba e ao governo cubano, a UGT erra ao chamar a sua atividade de "ato em solidariedade ao povo cubano". "A maioria esmagadora do povo cubano apoia a revolução e não está a favor das Damas de Branco, que representam uma minoria pouco expressiva. O povo cubano combate é o terrorismo de Estado implementado pelos Estados Unidos, assim como o seu bloqueio econômico criminoso. Nós sim é que fomos apoiar o povo cubano e defender o consulado de seu país, não a UGT", defendeu Ricardo Abreu.
“Este ato de apoio à revolução cubana é uma pequena recompensa a essa imensa solidaridade do povo e governo da ilha caribena com os mais humildes deste planeta”, ressaltou o Max Altman.
Militantes históricos
Entre os manifestantes também se encontram lutadores históricos contra a ditadura militar em Brasil (1964-1985) e militantes do movimento de solidaridade a Cuba como a educadora Elza Lobo e o vereador Jamil Murad (PCdoB).
Elza bradou: "não posso permitir que estes novos fascistas queiram atacar Cuba e a sua revolução", em alusão ao reduzido número de representantes da direita brasileira que desejam somar-se à atual ofensiva contrarrevolucionária mundial.
Participaram também do ato de solidariedade membros do Movimento Paulista de Solidaridade a Cuba, da Associação de Cubanos Residentes no Brasil (Ancreb), capítulo São Paulo, da Marcha Mundial de Mulheres, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Parlamentares e dirigentes de partidos políticos também se somaram ao ato, sendo eles o PT, o PSol, o PCdoB, o Partido Comunista Marxista-Leninista, e o Partido Comunista Revolucionário, entre outras agrupações progressistas e solidárias a Cuba.
De São Paulo, Luana Bonone, com Prensa Latina