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Reajuste das aposentadorias acima do mínimo deve ficar em 7,71%

Líderes de partidos da base aliada e deputados e senadores ligados às causas dos aposentados construíram nesta quarta-feira (7) um acordo para dar um aumento maior para quem recebe benefícios previdenciários acima de um salário mínimo. O reajuste deve ficar em 7,71%, 1,57 ponto percentual acima do índice proposto inicialmente pelo governo – 6,14%.

A proposta deve ser votada na próxima semana na Câmara dos Deputados e seguir para o Senado na sequência. O acordo fechado nesta tarde envolve a base aliada nas duas casas e será ainda levado para o Executivo. Se o governo der o aval, será um final feliz para a luta dos aposentados, que padeceram anos de arrocho dos benefícios previdenciários na era neoliberal de FHC.

Vitória

O governo encaminhou uma Medida Provisória e reajustou em janeiro deste ano em 6,14% os benefícios de aposentados e pensionistas. O acordo da base eleva este reajuste para 7,71%, o que equivaleria a um reajuste baseado na inflação mais 80% do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2008. O reajuste maior será retroativo a janeiro.

A proposta dos parlamentares contempla a demanda da Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas (Cobap), entidade mais representativa da categoria, e os dirigentes das centrais sindicais, que já tinham sinalizado um acordo com este conteúdo.
O impacto do reajuste a mais seria de R$ 1,7 bilhão, segundo as contas do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical. O temor da Câmara era de fechar um percentual menor e depois ver o Senado elevar o valor. Por isso, os deputados procuraram os senadores e construíram uma proposta conjunta. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), ficou de apresentar o percentual para o Executivo. Ele disse já ter acertado este valor com a oposição no Senado.

“Tudo certo”

Para o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), com o entendimento entre os parlamentares a questão está resolvida. “Com esse percentual de 80% do PIB está tudo certo. O Jucá vai falar com a equipe econômica e votamos na semana que vem”.

No acordo ficou combinado também que será retirada da Medida Provisória questões relativas a reajuste em 2011. A proposta do governo era manter a vinculação com o PIB, mas como em 2009 não houve crescimento econômico os parlamentares decidiram deixar este tema para depois.

Da redação, com agências