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1° de maio: a luta pela jornada de 8 horas

O protesto contra a jornada de trabalho de 13 horas diárias levou os trabalhadores de Chicago (EUA) à greve pela jornada de 8 horas em 1° de maio de 1886. A repressão foi violenta e oito de seus líderes foram presos. Cinco (os “Mártires de Chicago”) foram condenados à morte (Alberto Parsons, George Engel, August Spies e Adolf Fischer foram enforcados, e Ludwig Lingg se suicidou na cadeia); Michael Schwab e Samuel Fielden tiveram pena de prisão perpétua e Oscar Neeb de 15 anos de prisão. Em homenagem a eles e à luta operária, em 1889 o Congresso Socialista de Paris adotou a data como Dia Mundial do Trabalhador.

No Brasil – A primeira tentativa de comemorar a data no país ocorreu em 1894, em São Paulo, em local fechado; os militantes acabaram presos e a polícia impediu o ato. Mas os trabalhadores não recuaram; naqueles anos houve atos semelhantes em São Paulo, Santos, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba e outras cidades. Depois de 1903 eles começaram a ocorrer em praça pública. Em 1924 o governo decretou feriado nacional, mas a repressão continuou e quase sempre proibia as comemorações. Foi só depois da revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao governo, que o 1° de maio virou festa oficial.

Riocentro – A última tentativa de terrorismo contra a comemoração do 1º de maio ocorreu no Riocentro (Rio de Janeiro), em 30 de abril de 1981, quando agentes da repressão tentaram colocar uma bomba no local. Ela explodiu nas mãos dos agentes terroristas, o sargento Guilherme do Rosário (que morreu) e o capitão Wilson Machado (que ficou ferido). Em uma entrevista à tevê em abril de 2010 o general Newton Cruz (que foi um dos chefes da repressão) confessou que teve conhecimento antecipado do atentado.