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Redução da jornada aumenta o emprego e traz desenvolvimento

A jornada de 40 horas é possível, viável e vai criar mais empregos

Pensar um país desenvolvido de maneira sustentável, com distribuição de renda e valorização do trabalhador depende de ações tomadas agora. Por isso, diz Wagner Gomes, presidente da CTB, “o eixo da plataforma unificada das Centrais deve ser a luta por um novo projeto de desenvolvimento nacional fundado na soberania e na valorização do trabalho”.

Esta batalha requer a consolidação e ampliação da unidade entre as centrais, a conquista das 40 horas semanais, a ratificação da Convenção 158, o direito de organização nos locais de trabalho, mudanças nas políticas monetária, fiscal e cambial, reforço da integração regional, e tudo isso depende de mobilização e luta.

Diminuir o número de horas trabalhadas garante maior qualidade de vida aos trabalhadores – com mais tempo para o lazer, a família, o descanso ou os estudos – e mais emprego, pois vai provocar o aumento nas contratações, estimulando a economia e o desenvolvimento.

Esta é uma importante bandeira de lutas dos trabalhadores e, hoje, a redução é viável, assegura o economista Márcio Pochmann, presidente do Ipea. Poderia ser ainda menor: “Não existe razão para termos uma carga semanal maior que 12 horas”, garante.

Por ser uma questão que depende de decisão política, a pressão dos trabalhadores, sindicalistas e centrais é fundamental para a aprovação da PEC 231/95, de autoria do então deputado (hoje senador) Inácio Arruda (PCdoB-CE), e do senador Paulo Paim (PT-RS), que cria a jornada semanal de 40 horas.