Governo venezuelano será o responsável pelos arquivos de Bolívar
Os arquivos de Simón Bolívar, declarados Memória do Mundo pela Unesco, passarão ao controle do governo da Venezuela dentro de dois meses. Um recente decreto do presidente Hugo Chávez transfere a totalidade dos arquivos de Bolívar e do precursor da independência do país, o general Francisco de Miranda, ao Arquivo Geral da Nação, subordinado ao Ministério da Cultura.
Publicado 29/04/2010 10:41
Os arquivos de Simón Bolívar, declarados Memória do Mundo pela Unesco, passarão ao controle do governo da Venezuela dentro de dois meses. Um recente decreto do presidente Hugo Chávez transfere a totalidade dos arquivos de Bolívar e do precursor da independência do país, o general Francisco de Miranda, ao Arquivo Geral da Nação, subordinado ao Ministério da Cultura.
Dessa forma, os 283 tomos de arquivos de Bolívar e os 63 de Miranda mudarão de custódia e de localização depois de permanecer desde 1999 sob os cuidados da Academia Nacional da História.
O govero venezuelano afirma que a difusão dos documentos de Bolívar eram insuficiente e e que um de seus primeiros projetos será digitalizá-los para que sejam conhecidos de forma maciça. A Academia só havia digitalizado os textos de Miranda.
Atualmente, o Arquivo de Bolívar está guardado a 19 ºC e 60% de umidade e os tomos repousam em estantes de mármore e vidro que permitem preservar as cartas, os ofícios, decretos e discursos escritos há 200 anos.
O historiador Luis Pellicer, diretor do Arquivo Geral da Nação, afirmou que os documentos serão inventariados e estudados por especialistas a partir dessa mudança. Ele destacou também que entre os legados correspondentes a Bolívar aparecem exemplares com correções realizadas pelo próprio líder político, além de peças como o Discurso de Angostura, pronunciado em 1819.
Com Agências