Centrais sindicais realizam manifestação no centro de Manaus

As conquistas que o movimento sindical conseguiu em prol dos trabalhadores nos últimos anos e as batalhas do presente foram recorrentes na fala dos dirigentes sindicais ao longo de todo percurso.

O presidente da CTB no Amazonas, Valderli Bernardo, destacou as lutas pela redução da jornada do trabalho das atuais 44 horas para 40. “Já avançamos muito na luta pela redução da jornada de trabalho sem redução dos salários. Organizamos algumas jornadas de lutas em Brasília com esse objetivo e, na Câmara dos Deputados, uma Comissão Especial já aprovou o projeto. Não mediremos esforços para que esse projeto de autoria dos senadores Ignácio Arruda, do PCdoB, e Paulo Paim, do PT, seja aprovada", destacou.

Líder do PCdoB na Câmara dos Deputados e pré-candidata ao Senado, Vanessa Grazziotin avaliou o 1 de maio desse ano. “Os trabalhadores chegam até aqui com muito a comemorar, mas também com a necessidade de fazerem mais esforços em busca de novas conquistas. No Congresso Nacional, estamos na luta pela aprovação da redução da jornada de trabalho e pela aprovação da PEC-300, que garante um piso salarial nacional para os bombeiros e para os policiais militares”, disse.

As eleições foram mencionadas com os sindicalistas como um momento em que os trabalhadores podem garantir avanços na conquista de seus direitos ou podem retroceder ao apogeu da implantação da política neoliberal.

O ataque ao presidenciável tucano José Serra e o combate à falácia que este propaga sobre seu apoio à manutenção da Zona Franca de Manaus (ZFM) foram outros pontos recorrentes na manifestação das centrais.

“José Serra não se lembrou de apoiar a Zona Franca de Manaus quando foi senador e quando esteve no governo de Fernando Henrique Cardoso. Ao contrário, sempre que pôde tentou levar nossas indústrias para São Paulo. E agora que fazer a gente engolir, nas vésperas das eleições, de que dará seu apoio a nossa região”, disparou Valderli.

Também compareceram na manifestação, representantes da União Brasileira de Mulheres (UBM), da União da Juventude Socialista (UJS) e da Juventude Socialista Brasileira (JSB).

A ausência da CUT foi notada na atividade. Os cutistas caminharam isoladamente ao optar por realizarem uma grande festa em parceria com o governo do estado e prefeitura de Manaus, amanhã (1), e não foram acompanhados por nenhuma outra central sindical com atuação no Amazonas.

De Manaus,
Anderson Bahia