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Satélite sino-brasileiro é desativado após trabalho de dois anos

O Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (Cbers-2B) encerrou suas operações nesta terça-feira (11), após fornecer milhares de imagens do Brasil e China, além de países da América do Sul e até da África. Lançado em 19 de setembro de 2007, o satélite foi construído a partir de equipamentos e peças remanescentes do Cbers-2 e tinha vida útil estimada em dois anos.

O satélite gerou milhares de imagens da América do Sul durante suas 13 mil voltas em torno da Terra. Foram distribuídas gratuitamente cerca de 270.000 imagens deste satélite a usuários brasileiros e outras 60.000 a usuários de mais de 40 países.

O objetivo é proporcionar a países em desenvolvimento os benefícios do uso de dados de satélites que servem para melhor monitorar o meio ambiente, avaliar desmatamentos, áreas agrícolas e desenvolvimento urbano, entre outras aplicações.

O Cbers-2B é o terceiro lançado pelo Programa Cbers. O próximo satélite do programa será o Cbers-3, que tem lançamento previsto para o segundo semestre de 2011. Primeiro da segunda geração de satélites desenvolvidos pela parceria sino-brasileira, o Cbers-3 marcará uma evolução em relação aos Cbers-1, 2 e 2B. Assim como o Cbers-4, que deve ser lançado em 2014, o 3 será mais sofisticado e terá quatro câmeras imageadoras, enquanto os anteriores contavam com três.

Desde março, quando verificados os primeiros problemas no Cbers-2B, técnicos brasileiros e chineses tentavam restabelecer a operação normal do satélite. Com as chances de restabelecer o funcionamento normal eram mínimas, a Agência Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável no Brasil pelo Programa, deram como encerrada a vida útil do Cbers-2B.

Cooperação Brasil-China

O Cbers é um exemplo bem-sucedido de cooperação na área de alta tecnologia e um dos pilares da parceria estratégica entre o Brasil e a China. Em abril deste ano foi assinado o memorando de entendimento que definiu a política de dados Cbers, tornando global a distribuição gratuita de suas imagens e consolidando o programa como um importante instrumento de cooperação para políticas ambientais internacionais.

O Inpe iniciou em junho de 2004 a distribuição gratuita pela internet de dados de satélite para usuários brasileiros. Com o apoio do parceiro chinês, os dados passaram a ser oferecidos da mesma forma também a países da América Latina e, mais tarde, ao continente africano. A atual política permitirá que os dados dos próximos satélites sino-brasileiros possam ser livremente distribuídos a outros países.

Todas as imagens geradas pelo Cbers-2B podem ser acessadas sem custo pela internet no endereço www.dgi.inpe.br/CDSR

Fonte: Em Questão