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Evo acusa partido da Espanha de apoiar golpe na Bolívia

O presidente da Bolívia, Evo Morales, acusou nesta terça-feira (18) o conservador Partido Popular (PP) espanhol de apoiar os opositores de seu governo e de estar por trás de conspirações de direita em seu país, inclusive na tentativa de golpe que fracassou entre agosto e setembro de 2008. O governante indígena fez a denúncia a jornalistas durante a cúpula União Europeia, América Latina e Caribe, em Madri.

Segundo Morales, por meio de uma fundação, o PP apoiou investidas separatistas na Bolívia. "Meus detratores não pensavam que o meu governo fosse durar tanto tempo no poder, pela consciência social do povo boliviano, e apostaram de forma infrutífera e permanente na minha derrubada", disse Morales, no quarto mês do seu segundo mandato presidencial de cinco anos.

Segundo a Agência Boliviana de Informação (ABI), a fundação a que Morales se referia seria a Fundação Ibero-América-Europa, ligada ao PP e investigada atualmente pelo ministério público boliviano por ter supostamente entregue 250 mil euros a um grupo de mercenários que pretendia levar adiante ações desestabilizadoras da democracia.

O objetivo deste grupo, diz a ABI, seria derrubar o presidente Evo e até mesmo matá-lo. Os mercenários foram detidos em abril de 2009 na Bolívia. A tentativa de golpe de 2008, envolvendo governadores oposicionistas, deixou cerca de 15 mortos.

Morales também acusou a direita sepultada de infiltrar-se em alguns movimentos sociais e de estar por trás de algumas demandas inalcançáveis para o país, em alusão aos recentes protestos de alguns setores operários opostos ao aumento salarial de cinco por cento previsto para 2010.

EUA

Evo ainda acusou os Estados Unidos de promoverem golpes de Estado, como o que ocorreu em 2008 na Bolívia. De acordo com ele, o primeiro promovedor da tentativa de derrubar o governo na Bolívia foi o então embaixador estadunidense, Philip Goldberg, que foi expulso do país em novembro do mesmo ano.

Nesse sentido, Morales brincopu, afirmando que nos EUA não há golpes de Estado porque não há embaixadores dos Estados Unidos por lá.

Com agências