Jô denuncia risco à saúde reprodutiva de adolescentes

“Intensificar o processo de formação em educação sexual e reprodutiva”. Esta foi a reivindicação reiterada na quarta-feira (26) da tribuna da Câmara pela deputada federal Jô Moraes (PCdoB) ao Ministério da Saúde, às secretarias de Estado e prefeituras municipais de todo o País. O objetivo é o de preservar a saúde de adolescentes e jovens, diante da constatação de que parte significativa deste segmento está usando a pílula do dia seguinte como meio contraceptivo.

“Essa realidade ameaça a saúde de jovens e adolescentes e demonstra, sobretudo, a possibilidade que de se envolvam em abortos de forma bem precoce” alertou. Outro problema relacionado à desinformação e à falta de preparo está na crescente ampliação da gravidez de meninas. “São jovens que inadvertidamente, sem qualquer orientação, realizam atividade sexual cada vez mais cedo, com riscos para a sua saúde e para a sua situação, inclusive de gravidez”, afirmou a deputada.

Dados do Ministério da Saúde (DATASUS) revelam que em 2007 foram registrados 2.891.328 partos no País, dos quais 27.963 em meninas de 10 a 14 anos (0,97%) e 582.409 partos (20,14%) em adolescentes na faixa etária dos 15 a 19 anos. Isto significa que mais de 21% dos partos realizados naquele ano foram de mulheres na faixa de etária de 10 a 19 anos.