Trabalhadores de Pio XII paralisam atividades

Arbitrária, ilegal e criminosa. Esta foi a definição dada pela Secretária de Educação Meirelene Froes de Pio XII, a 270 km de São Luís, quando da paralisação por três dias dos trabalhadores em educação pelo descaso do governo municipal para com a proposta apresentada à prefeitura, de alteração e implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da categoria.

Pio XII

A Paralisação teve início no dia 21 (sexta-feira) e terminou nesta terça, 25, quando foi realizada reunião com os manifestantes e os diretores estaduais do SINPROESEMMA, Júlio Guterres (Comunicação) e Benedita Costa (Vice-presidente). Na ocasião, estiveram presentes centenas de pessoas, que avaliaram o movimento e destacaram a indiferença com que são tratados no município.

Também na reunião, foi formada uma comissão que tratará do assunto nos próximos encontros com a prefeitura. Uma das exigências do grupo é a garantia da presença de um procurador municipal para mediar o debate. Além disso, ficou acertada a presença da direção do SINPREOSEMMA estadual.

De acordo com a coordenação da referida entidade em Pio XII, Laestro Pereira a suspensão dos trabalhos nas escolas pelos educadores, foi motivada para chamar a atenção da Secretária de Educação Meirelene Froes e do prefeito Mundiquinho Batalha para o problema que ora vivenciam.

Ainda de acordo com Pereira, em nenhum momento a categoria foi recebida pelos gestores municipais. O único contato tem sido por meio de ofício solicitando reunião e nem mesmo nisso foram atendidos. A única garantia é que serão descontados os dias de paralisação, segundo a responsável pela pasta de educação.

PCCR
Benedita Costa, presente na reunião, disse ter sido o PCCR aprovado em dezembro passado. O descontentamento dos trabalhadores fez com houvesse alteração no mesmo, e isto se deu em março, já que este não contempla o piso salarial. Ela revela que a categoria percebe atualmente R$ 700, (setecentos reais).
Mas, as condições dadas pelo prefeito Mundiquinho Batalha é de que será pago o valor de R$ 661, (seiscentos e sessenta e um), o que contraria a constituição, uma vez que prejudicará diretamente os trabalhadores.

“Esta medida é um absurdo. Não se pode admitir uma coisa dessas”, indigna-se a vice-presidente do SINPROSEMMA.

Para ela, o momento exige coragem. As mobilizações precisam continuar em todo o Maranhão, haja vista os gestores de muitos municípios se recusarem a implantar o PCCR e não obedecerem a Lei 11.738 de 2008, que estabelece que o piso salarial nacional seja de R$ 1.312, (Hum mil trezentos e doze reais).

“Vários municípios estão trabalhando no sentido de fazer valer os seus direitos. Onde não for possível fazer pelo diálogo, faremos por meio da justiça”, afirmou ela.

Fonte: Sinproessema