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PCdoB: ataque de Israel contra frota civil é terrorismo de Estado

Após os ataques de Israel, nesta segunda-feira (31), à “Frota da Liberdade”, que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza, matando nove pessoas, o PCdoB emitiu nota – assinada por seu presidente Renato Rabelo e seu secretário de Relações Internacionais, Ricardo Alemão Abreu – condenando a ação. O partido classifica o ataque como “um ato de terrorismo de Estado”. Leia a íntegra a seguir.

Os comunistas brasileiros somam-se às forças democráticas e progressistas de todo o mundo na condenação ao ataque militar israelense contra a pequena frota civil que se dirigia à Faixa de Gaza, no território palestino.

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Fato grave, o ataque das forças militares israelenses, em águas internacionais, contra uma frota de embarcações que levava ajuda humanitária aos palestinos, caracteriza-se, por sua desproporcionalidade e covardia, como um ato de terrorismo de Estado. Entre os tripulantes, de mais 60 nacionalidades, havia mulheres, crianças e idosos, que transportavam não armas, mas comida, roupas, remédios e material de construção. A cineasta brasileira, Iara Lee, que estava em um dos navios, disse que o objetivo da frota era levar a “solidariedade de povos de várias nações, para que os palestinos possam reconstruir as suas casas e criar um futuro novo”.

A “Frota da Liberdade” partiu para Gaza a fim de denunciar o bloqueio imposto por Israel aos palestinos. O governo israelense mantém todo o território palestino sob ocupação, e a Faixa de Gaza fortemente bloqueada desde 2007. No final de 2008 e no início de 2009, os bombardeios israelenses destruíram 14.000 casas e a infraestrutura civil, e massacraram milhares de palestinos, entre
mortos e feridos.

Mais uma vez o governo do Presidente Lula, que faz esforços inéditos em nossa história pela paz no Oriente Médio, toma uma atitude que orgulha aos brasileiros. Prontamente, o Itamaraty se pronunciou em nota oficial na qual condenou, “em termos veementes” o ataque israelense, e reforçou a “necessidade de que seja levantado, imediatamente, o bloqueio à Faixa de Gaza”, e convocou o
embaixador de Israel a dar explicações, forma diplomática de manifestar a indignação com o fato.

O Conselho de Segurança da ONU condenou o ataque, mas não aprovou nenhuma sanção contra Israel. Em dois casos recentes, o do programa nuclear iraniano, e o do episódio da embarcação militar sul-coreana que afundou, os EUA e seus aliados imperialistas querem impor sanções ao Irã e à República Popular Democrática da Coréia, sem antes provar nada. Já no caso de Israel, em que os fatos acusam, os EUA apenas lamentaram o ocorrido. Esta é a coerência do imperialismo, a coerência da guerra e da opressão.

Só haverá paz no Oriente Médio quando for derrotada a ocupação israelense e quando for criado o Estado Palestino independente. Somente a resistência e a luta unitária dos trabalhadores, povos e países oprimidos, por paz, soberania nacional e autodeterminação, desenvolvimento, democracia e direitos sociais, trará perspectivas de novos tempos para a humanidade.

Renato Rabelo – Presidente Nacional do PCdoB
Ricardo Alemão Abreu – Secretário de Relações Internacionais do PCdoB