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Entidades agendam novo protesto contra Israel em SP nesta sexta

Entidades pacifistas e de solidariedade ao povo palestino planejam realizar nesta sexta-feira (4), em São Paulo, um ato de repúdio ao ataque israelense cometido na segunda-feira (31) contra uma frota de navios de ONGs pacifistas que pretendiam entregar ajuda humanitária aos palestinos da Faixa de Gaza. O ato está marcado para as 15h no vão livre do Masp, na Avenida Paulista.

Na terça-feira (1/6), um primeiro protesto (leia aqui) foi realizado no mesmo local, mas como a participação não foi muito grande devido ao pouco tempo para convocar os manifestantes, as entidades concordaram em organizar novo protesto nesta sexta-feira.

"Vamos protestar contra este crime cometido por Israel, que foi condenado por todo mundo, inclusive pelo governo brasileiro", diz Emir Mourad, representante, em São Paulo, da Federação de Entidades Árabe-Palestino-Brasileiras.

Maniestações pelo mundo

Nesta quinta-feira, a jornada de protestos contra Israel prosseguia em vários países. Em Istambul,centenas de turcos assistiram ao funeral dos nove compatriotas vítimas do sangrento ataque israelense à Flotilha da Liberdade que se dirigia para Gaza com ajuda humanitária. A cerimônia foi realizada na mesquita de Fatih, num bairro tipicamente muçulmano de Istambul, sem a presença de figuras de Estado, e onde as bandeiras turcas e palestinas marcaram presença.

Fora do templo, milhares de turcos reuniram-se durante as cerimônias fúnebres num respeitoso silêncio, bruscamente quebrado assim que o funeral terminou por gritos e palavras de ordem contra Israel.

Outros três protestos que reuniram milhares de pessoas realizaram-se nesta quinta-feira no centro de Jacarta. Empunhando bandeiras palestinianas e cartazes contra Telavive e os Estados Unidos, os manifestantes desfilaram pelo quarto dia sucessivo na capital indonésia gritando palavras de ordem como "Alá é grande" e "Jihad" (guerra santa).

"Israel, o verdadeiro terrorista", "Salvem a nossa Palestina", "Não nos renderemos" e "Egipto, abre os olhos" foram alguns dos lemas mais repetidos.

A maior concentração de protesto foi organizada pelo Partido da Justiça e Prosperidade (PKS), uma formação islâmica que integra a coligação governativa do Presidente Susilo Bamgbang Yudhoyono, um antigo general laico e liberal.

O Líbano também foi palco de protestos, centenas de pessoas manifestaram-se hoje contra o ataque israelense.

As ruas de Beirute encheram-se de protestantes que condenaram a ação do estado judeu.

Na Europa, o palco principal das manifestações foi Lisboa. Portugal juntou a sua voz aos manifestantes de todo o mundo. Centenas de pessoas reuniram-se para manifestar o seu descontentamento face ao atentado contra os ativistas humanitários. Palavras de ordem contra o regime de Jerusalém e de apoio à Palestina ecoaram junto à embaixada de Israel na capital portuguesa.

"Palestina vencerá" foi um dos slogans mais ouvidos durante o protesto, convocado por dezenas de associações, organizações e sindicatos e que decorreu junto à embaixada de Israel em Lisboa.

"Estamos aqui para denunciar e condenar a política de Israel, agora também pirata dos mares", afirmou Vítor Silva, do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), discursando num palco improvisado.