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Ocupantes iniciam maior operação no Afeganistão

As forças de ocupação do Afeganistão, lideradas pelos Estados Unidos, iniciaram no último domingo uma grande operação na região de Kandahar, utilizando boa parte dos 30 mil efetivos militares enviados para o país pela administração dos Estados Unidos.

Grande parte do "reforço" de 30 mil militares começou a dirigir-se para Kandahar, região libertada da ocupação e controlada pela guerrilha local desde a invasão do país, em 2001.

Em conjunto com as forças de segurança colaboracionistas, os americanos pretendem assumir o controle da província.

A operação das próximas semanas se dividirá em três zonas: os distritos em torno de Kandahar e que segundo os ocupantes servem de base para a guerrilha, particularmente Zhari, a oeste, e Arghandab, ao norte; a periferia de Kandahar para controlar seu acesso, e o interior da capital do sul, onde os ocupantes instalarão forças de segurança afegã "mais confiáveis".

Com a retomada dos combates nas últimas semanas, a resistência afegã matou vários colaboracionistas e lançou diversos ataque contra a base militar afegã de Kandahar.

No domingo, dois civis e um policial morreram e onze civis ficaram feridos na explosão de uma mina, atribuída aos guerrilheiros. Na sexta-feira, a Otan anunciou que assassinou o suposto comandante da resistência de Kandahar, o mulá Zergay.

Demissão de ministros

Ao mesmo tempo do início da ofensiva em Kandahar, o presidente instalado pelos ocupantes, Hamid Karzai, destituiu o ministro do Interior, Mohammed Hanif Atmar, e o chefe do serviço secreto, Amrullah Saleh, alegando que os dois não teriam evitado um atentado contra a "jirga" (assembleia de paz), que ocorreu em Cabul entre quarta-feira e sexta-feira da semana passada.

Em comunicado, o Palácio Presidencial informou que Karzai pediu explicações aos dois sobre os ataques talibãs contra a "jirga" e acabou não aceitando as respostas, taxando-as de "não convincentes".

Da redação, com agências