Joaquim Roriz, candidato de Serra no DF, estacionou nas pesquisas
As pesquisas de maio e junho sobre as eleições em Brasília indicam que a candidatura Joaquim Roriz estacionou no patamar dos 35%. O que é comemorado pela oposição histórica ao ex-governador como possível sinal do início da decadência de um mito eleitoral que parecia imbatível.
Por João Bosco Rabello, em seu blog no Estadão
Publicado 09/06/2010 11:05
Podem ser muitos os fatores desse processo, mas com certeza a percepção de que o esquema que varreu Arruda do mapa tem seu DNA foi mais abrangente do que esperava o velho cacique. Outra leitura é a de que sua liderança nas cidades-satélites já não é tão esmagadora. Ela ainda é absoluta na periferia mais desassistida, que o vê como seu benfeitor.
Mas, satélites como Taguatinga e Guará abrigam hoje uma população que subiu na escala social e tornou-se mais informada e participativa. Assim como Águas Claras abriga uma classe média oriunda do Plano Piloto, tradicional reduto da oposição.
Há também a chamada fadiga de material: Roriz tenta ser governador pela quinta vez, depois de cassado pelo Senado. O Instituto Dados, de Brasília, registra uma queda de um ponto percentual de Roriz de maio para junho. Mas desde fevereiro ele está entre 32 e 35%.
Abaixo os números do instituto nos dois meses mencionados.
Roriz: 34,2%
Agnelo Queiroz: 22,6%
Rogério Rosso: 5,6%
Fraga: 3,9%
Gim: 2,4%
Toninho PSOL: 2,1%
Nenhum: 18%
Não sabe: 11,2%
ESTIMULADA ABRIL
Roriz: 35,4%
Agnelo: 27,3%
Fraga: 5,1%
Toninho PSOL: 2,6%
Messias de Souza: 0,5%
Nenhum: 16,6%
Não sabe: 12,4%
Segundo o Instituto, a pesquisa foi realizada no período de 29 de maio a 3 de junho de 2010 e ouviu, face a face, 2.500 eleitores de todo o Distrito Federal. A amostra foi distribuída por cotas de sexo, faixa etária e renda da população, obedecendo dados secundários do IBGE e da PNAD.
Também foi distribuída proporcionalmente à população eleitora das Regiões Administrativas, segundo dados do IBGE e das próprias regiões. Os dados coletados neste estudo sofreram crítica de consistência de 100% e foram tabulados em software específico para este fim.
A margem de erro é de 2% e o intervalo de confiança de 95%. Os resultados são apresentados em tabelas analíticas, com cruzamentos segundo sexo, faixa etária, faixa de renda e região de moradia dos entrevistados.