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OCDE constata desaceleração do ritmo de recuperação das economias

O índice dos indicadores antecedentes de atividade (CLI, na sigla em inglês) dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostrou em abril sinais de desaceleração da recuperação econômica.

O CLI saiu de 103,6 pontos em março para 104,0 pontos em abril, avanço de 0,4 ponto, configurando uma situação de expansão do ciclo econômico desses países, mas também uma redução do ritmo de crescimento. Em março a alta mensal tinha registrado 0,5 ponto, enquanto em fevereiro, o avanço marcava 0,6 ponto.

Segundo revelou o levantamento da OCDE, o mês de abril foi o nono mês consecutivo de decréscimo na taxa de crescimento do indicador.

Brasil no pico

A pesquisa destacou ainda que o Brasil (que, apesar de não fazer parte do grupo dos países da OCDE, também é envolvido na pesquisa) dá sinais de ter atingido o "pico potencial", ou seja, pode começar a demonstrar estabilidade ou queda no indicador nos próximos meses. O país registrou índice de 100,6 pontos em abril, praticamente estável frente a março.

O Itaú Unibanco também divulgou um estudo nesta sexta (11) que aponta sinais de desaceleração da economia brasileira e estima um crescimento de 1% no segundo trimestre do ano. Em 12 meses a taxa de expansão não deve ficar abaixo dos 6%, na opinião do economista-chefe do banco, Ilan Goldfajn.

China

A China, por sua vez, já apresenta recuo de 0,4 no indicador antecedente, para 101,6 pontos. "O CLI para o Japão, os EUA e a Alemanha, continuam a indicar que a expansão corrente na atividade deve ser mantida, mas possivelmente em uma velocidade menor", informou ainda a OCDE.

Pela metodologia do CLI, patamares acima dos 100 pontos mostram expansão do ciclo econômico dos países. Quando o índice está abaixo desta linha, mas sobe, é um sinal de recuperação do ciclo. Quando está abaixo dos 100 e cai, há evidências de retração econômica.

Da redação, com Valor