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Itália: Milhares vão às ruas contra medidas anti-trabalhistas

Cerca de um milhão de italianos foram às ruas de várias cidades do país nesta sexta-feira (25) em protesto contra as medidas neoliberais que o governo de Silvio Berlusconi pretende adotar sob a alegação de "cortar gastos".

Enquanto a Confederação Geral de Trabalhadores Italianos (CGIL) denuncia as medidas por elas estarem direcionadas contra "os mais desfavorecidos”, o ministro do Trabalho de Berlusconi, Maurizio Sacconi, alega que fazer o protesto é o mesmo que "se manifestar contra a a chuva, porque os ajustes são inevitáveis".

A greve geral teve duas características: o setor público parou por 24 horas, por ter sido o mais afetado pelas medidas restritivas, enquanto o privado parou por quatro horas

Berlusconi pretende fazer com que os trabalhadores de ambos os setores paguem cerca de 24,900 bilhões de euros em dívidas do governo, com o congelamento dos salários dos funcionários públicos nos próximos três anos.

As principais manifestações ocorreram em Roma, Milão e Bolonha. Os transportes públicos e o tráfego aéreo foram perturbados, com cerca de 86 voos cancelados em Roma, segundo o FILT, o sindicato dos transportes ligado à CGIL.

Os protestos na Itália ocorreram um dia depois de cerca de dois milhões de franceses terem protestado nas ruas contra a reforma do sistema de aposentadoria proposto por Sarkozy.

Para diminuir a dívida pública, Sarkozy pretende aumentar a idade da aposentadoria para de 60 para 62 anos, o que já provocou cerca de 200 manifestações em todo o país.

Da redação, com agências