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EUA manobram contra surgimento de nova ordem, denuncia Irã

Os Estados Unidos instigam o extremismo islâmico a fim de estigmatizar o Islã e deter o surgimento de uma nova ordem baseada na justiça e na honestidade, denunciou um porta-voz do governo iraniano nesta segunda-feira (5).

Em declarações à agencia de notícias iraniana FARS, Medhi Kalhor, assesor de imprensa e informação do presidente Mahmoud Ahmadinejad, advertiu que Washington se esforça em evitar uma mudança nos atuais paradigmas e esquemas que construiu para se favorecer.

"Indubitavelmente, os americanos não permitirão que uma nova ordem se estruture facilmente e tentarão impedir a formação de uma nova frente intimidatória contra as potências emergente", concluiu Kalhor.

"E nesse empenho é que se situa a atual beligerância do governo estadunidense contra o Irã", nota o funcionário.

O conselheiro presidencial destacou o papel do Irã na Conferência de Revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), no sentido de criar uma nova ordem. Isso foi refletido no final da conferência, quando ratificou-se a validade do pacto e foi emitida uma declaração.

Nela, os países participantes instaram todas as nações atômicas a estabelecer um Oriente Médio livre de armas de destruição em massa, inclusive as nucleares, destacou o assessor, que lembrou que o Irã, país signatário do tratado, conclamou a todos que eliminassem todos os armamentos de destruição em massa no mundo.

Como resultado dos intensos esforços de Teerã nessa conferência, o documento exortou a todos os Estados da região — em clara referência a Israel — a aderir ao TNP para assegurar sua universalidade o quanto antes, e igualmente convocou uma nova conferência para o ano 2012.

O serviço noticioso da FARS recordou que a Assembleia Geral da ONU aprovou em outubro passado uma resolução proposta pelo Irã sobre desarmamento nuclear, apesar de uma forte oposição dos Estados Unidos, do Reino Unido, França, Israel e alguns outros países ocidentais.

O texto conclama todos os países com armas atômicas a destruí-las sob a supervisão de orgãos internacionais. Mais de 100 nações, inclusive as integrantes do Movimento dos Países Não Alinhados que não têm meios bélicos nucleares a apoiaram.

Tal resolução insta Israel a integrar o TNP e permitir que a Agência Internacionai de Energia Atômica (AIEA) inspecione suas instalações nucleares.

Fonte: Granma