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Justiça exige dos EUA provas contra argelino preso em Guantânamo

O governo americano tem de apresentar provas da adesão à Al-Qaeda de um argelino preso em Guantânamo há oito anos, sob pena de ter de colocá-lo em liberdade, decidiu uma corte de apelação federal.

Esta decisão do tribunal de apelação de Washington contradiz uma decisão anterior que autorizava a manutenção em prisão sem julgamento de Belkacem Bensayah, preso em 2001, com outros cinco argelinos que viviam na Bósnia.

Os homens, acusados de terem vínculos com a rede Al-Qaeda e de terem elaborado atentados contra os interesses americanos na Bósnia, haviam sido extraditados em janeiro de 2002 para a prisão da base naval americana de Guantânamo, em Cuba.

Na nova decisão, com data de quinta-feira, o juiz federal Douglas Ginsburg estima que "as provas nas quais se baseia a decisão para concluir que Bensayah 'apoiava' a Al-Qaeda são insuficientes para demonstrar que pertencia a esta organização".

"O governo não apresentou nenhuma prova de comunicação direta entre Bensayah e membros da Al-Qaeda", destaca. Durante o governo de George W. Bush, os Estados Unidos recluíram durante anos em Guantânamo centenas de prisioneiros de sua chamada "guerra ao terror", sem julgamento, nem acesso a advogados, em condições denunciadas por organismos de defesa dos direitos humanos.

Com AFP