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CNN demite jornalista que lamentou morte de líder muçulmano

A publicação de uma mensagem no Twitter manifestando "tristeza" e "respeito" pela morte de líder xiita libanês foi o suficiente para a CNN afastar a editora Octavia Nasr para o Oriente Médio.

"Fico triste ao saber do falecimento de Sayyed Mohammed Hussein Fadlallah… um dos gigantes do Hezbolá que respeito muito", disse a jornalista Octavia Nasr.

O aiatolá Fadlallah era um dos líderes xiitas mais influentes e uma das referências espirituais dentro e fora do Líbano. Mas também conhecido pela sua oposição a Israel e por apoiar os ataques suicidas, argumentando que o uso de armamento sofisticado por parte de Telavive justifica a retaliação islâmica com o recurso a qualquer arma.

Foram justamente as organizações pró-Israel na rede social Twitter que primeiro se irritaram contra a mensagem da jornalista da rede de televisão CNN. Dois dias depois, um porta-voz da cadeia televisiva comunicava a saída de Octavia Nasr.

Octavia justificou por seu lado o uso de expressões como "tristeza" e "respeito" porque "para mim, enquanto mulher do Oriente Médio, Fadlallah tomou uma posição pioneira e contrária aos clérigos xiitas no que respeita aos direitos das mulheres. Ele apelou ao fim do sistema tribal de 'crimes de honra', apelidando a sua prática de primitiva e contraproducente. E ele avisou os homens muçulmanos que o abuso sobre as mulheres é um crime contra o Islã".

"Mas isto não significa que respeite outras coisas que tenho feito ou dito. Longe disso", acrescentou a jornalista numa declaração que não impediu o seu afastamento da CNN.

Com informações da revista Fórum