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Cresce capacidade ociosa da economia, num sinal de desaceleração

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria registrou leve queda de abril para maio, passando de 82,8% para 82,3%. O dado consta do levantamento dos Indicadores Industriais de maio, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta-feira (8).

O dado sinaliza desaceleração das atividades econômicas e ajuda a desmascarar os analistas do sistema financeiro que falam em superaquecimento com o propósito de justificar a política monetária conservadora do BC, que já promoveu duas rodadas de alta dos juros básicos (Selic).

O crescimento da capacidade ociosa da indústria e a redução da taxa de inflação (o INPC, índice oficial do governo calculado pelo IBGE, ficou em 0% em junho) evidenciam que as razões alegadas pelo Comitê de Política Monetária do BC para elevar a taxa Selic, o perigo de descontrole dos preços, não têm respaldo no comportamento real da economia.

Crescimento

Apesar da queda do nível de utilização da capacidade industrial instalada, os principais índices que medem a atividade do setor registraram crescimento. O faturamento real, por exemplo, cresceu 2,1% em maio, na comparação com abril, subtraídos os efeitos sazonais. No confronto com maio do ano passado, o avanço foi de 13,9%. No acumulado do ano, o faturamento da indústria já cresce 12,5%.

As horas trabalhadas na produção aumentaram 1% em maio ante abril (na série com ajuste sazonal) e 9,9% ante maio de 2009. No acumulado do ano, as horas trabalhados já mostram alta de 7,5%. O emprego na indústria cresceu 0,4% em maio ante abril, na série com ajuste e 6,1% ante maio do ano passado. Nos cinco primeiros meses do ano, o emprego cresceu 3,9%.

Já a massa salarial real paga pelas fábricas subiu 7,4% em maio, na comparação com maio de 2009. Para este indicador, a CNI não tem série histórica longa o suficiente para fazer cálculo mês ante mês anterior dessazonalizado. No ano, a massa salarial cresce 4,6%.

Com agências