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Gregos fazem sétima greve: "Que a plutocracia pague a crise"

Os trabalhadores da Grécia cruzaram mais uma vez os braços nesta quinta-feira (8) em uma greve de 24 horas, a sexta desde o início deste ano, contra o plano de cortes adotado pelo governo de Giorgos Papandreou.

Em Atenas, capital do país, a adesão à greve foi maciça e nenhum meio de transporte funcionou, permanecendo fechados também os escritórios, repartições públicas, ministérios, comércio, escolas e universidades.

Os sindicatos informaram que cerca de 20 mil pessoas se reuniram diante do parlamento, onde desde ontem se debate a aprovação de um novo pacote de reformas do sistema de aposentadorias.

Com cartazes que reclamavam outras soluções, os manifestantes conclamaram a população a se levantar contra as medidas que os sindicatos qualificaram de ataque bárbaro às conquistas dos trabalhadores.

Milhares de pessoas convocadas pela Frente Militante de Todos os Trabalhadores (PAME), organismo sindical do Partido Comunista da Grécia, marcharam até o Ministério do emprego com cartazes que exigiam "que a plutocracia pague a crise".

Simultâneamente, outros grupos de manifestantes, cinco mil, segundo a polícia, recorriam as ruas da cidade de Tessalônica, no norte do país, considerada a segunda cidade mais importante da Grécia.

Os protestos ocorreram de forma pacífica e terminaram sem incidentes, completaram as fontes policiais.

Os trabalhadores da aviação civil também se somaram à greve de um dia, cancelando 82 voos nacionais e internacionais, além de atrasar outros 110, indicou a assessoria de imprensa do aeroporto internacional de Atenas.

Todos os navios que fazem a comunicação com o porto de Pireus e as ilhas gregas do mar Egeu permaneceram no cais, enquanto as empresas marítimas tentavam se comunicar com seus passageiros que não haveria serviços até o início da manhã de sexta-feira.

Os jornalistas e trabalhadores dos meios de comunicações gregos também participaram das manifestações, deixando o país sem noticiário impresso e radiofônico.

A reforma do sistema de aposentadorias foi aprovara por maioria do parlamento em uma sessão extraordinária, embora necessite analisar nesta quinta artigo por artigo da nova lei.

Tal proposta estabelece a idade média de aposentadoria de 65 anos, proíbe antecipação da aposentadoria e aumenta os cortes de salários em pensões e aposentadorias.

Fonte: Prensa Latina