Fidel aparecerá na TV em debate sobre Oriente Médio
O líder da revolução cubana e ex-presidnete da ilha, Fidel Castro, deve reaparecer na noite desta segunda-feira (12), em um programa de rádio e televisão no qual irá falar sobre a possibilidade de um conflito nuclear com origem no Oriente Médio. A informação foi divulgada nos sites oficiais do Partido Comunista cubano. A Telesur vai retransmitir pela internet o programa.
Publicado 12/07/2010 10:27
"Uma Mesa Redonda Especial será transmitida com o Comandante-em-chefe Fidel Castro Ruz, para analisar os perigosos acontecimentos que têm lugar no Oriente Médio", anuncia o Granma, sem detalhar se a conversa com o líder será ao vivo ou gravada.
A Telesur, contudo, informa que será "a primeira aparição ao vivo do comandante nos últimos quatro anos". A emissora anuncia que irá transmitir a mesa redonda às 18h, horário local, o que significa 19h, no horário de Brasília.
Apesar de afastado do poder desde 2006, por causa de problemas de saúde, Fidel mantém o hábito de escrever artigos – sob a vinheta "Reflexões" – para a imprensa estatal. Nas últimas colunas, ele abordou o risco de um conflito nuclear por causa dos atritos entre EUA e Irã.
"O império (americano) está a ponto de cometer um erro terrível, que ninguém pode parar. Ele avança inexoravelmente para um destino sinistro", escreveu Fidel em 5 de julho. Em outro artigo, publicado na noite de domingo, o ex-dirigente disse que o "principal propósito" dos seus escritos é "alertar a opinião pública internacional sobre o que está acontecendo".
Disse que chega a suas conclusões em parte "observando o que aconteceu, como líder político que fui durante muitos anos, confrontando o império, seus bloqueios e seus crimes indizíveis".
A reaparição de Fidel, que governou Cuba por 49 anos, ocorre num momento em que o regime comunista se prepara para libertar 52 presos, todos eles detidos, em 2003, por crimes contra a independência e a integridade territorial de Cuba, estando a serviço dos Estados Unidos. O governo da ilha, contudo, ainda não deu declarações sobre a decisão de libertar os presos.
Com agências
Atualizada às 19h20