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Fidel aparecerá na TV em debate sobre Oriente Médio

O líder da revolução cubana e ex-presidnete da ilha, Fidel Castro, deve reaparecer na noite desta segunda-feira (12), em um programa de rádio e televisão no qual irá falar sobre a possibilidade de um conflito nuclear com origem no Oriente Médio. A informação foi divulgada nos sites oficiais do Partido Comunista cubano. A Telesur vai retransmitir pela internet o programa.

"Uma Mesa Redonda Especial será transmitida com o Comandante-em-chefe Fidel Castro Ruz, para analisar os perigosos acontecimentos que têm lugar no Oriente Médio", anuncia o Granma, sem detalhar se a conversa com o líder será ao vivo ou gravada. 

A Telesur, contudo, informa que será "a primeira aparição ao vivo do comandante nos últimos quatro anos". A emissora anuncia que irá transmitir a mesa redonda às 18h, horário local, o que significa 19h, no horário de Brasília.  

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Será a segunda vez em uma semana que Fidel, de 83 anos, aparece em público. Desde que se afastou do poder, em julho de 2006, ele era visto apenas esporadicamente em fotos e vídeos, quando recebia visitantes estrangeiros.
 
Na quarta-feira passada, Fidel esteve numa instituição científica de Havana, uma visita registrada em fotos divulgadas pelo governo cubano. De acordo com a agência de notícias France Press, a última vez que ele apareceu em vídeo foi há 11 meses, mas não foi ao vivo.

Apesar de afastado do poder desde 2006, por causa de problemas de saúde, Fidel mantém o hábito de escrever artigos – sob a vinheta "Reflexões" – para a imprensa estatal. Nas últimas colunas, ele abordou o risco de um conflito nuclear por causa dos atritos entre EUA e Irã.

"O império (americano) está a ponto de cometer um erro terrível, que ninguém pode parar. Ele avança inexoravelmente para um destino sinistro", escreveu Fidel em 5 de julho.  Em outro artigo, publicado na noite de domingo, o ex-dirigente disse que o "principal propósito" dos seus escritos é "alertar a opinião pública internacional sobre o que está acontecendo".

Disse que chega a suas conclusões em parte "observando o que aconteceu, como líder político que fui durante muitos anos, confrontando o império, seus bloqueios e seus crimes indizíveis". 

A reaparição de Fidel, que governou Cuba por 49 anos, ocorre num momento em que o regime comunista se prepara para libertar 52 presos, todos eles detidos, em 2003, por crimes contra a independência e a integridade territorial de Cuba, estando a serviço dos Estados Unidos. O governo da ilha, contudo, ainda não deu declarações sobre a decisão de libertar os presos. 

Com agências
 
Atualizada às 19h20