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Ministro da Seppir destaca unidade com PCdoB na questão racial

O PCdoB recebeu nesta sexta-feira, 16, na sede de seu Comitê Central, em São Paulo, a visita do ministro-chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Eloi Ferreira de Araujo. O tema central do encontro que manteve com dirigentes e lideranças do PCdoB foi a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, a implementação de seus artigos e a importância da luta pela igualdade racial por entidades como a Unegro.

Adalberto e Eloi Araujo - Priscila Lobregatte

Impossibilitado, por incompatibilidade de agenda, de participar da 4ª Plenária Nacional da Unegro – que começa hoje e se estende até domingo na capital paulista – o ministro fez questão de visitar a sede do partido e ressaltar a participação dos comunistas em entidades variadas e sua ação política em prol da igualdade racial. “O diálogo e a unidade que mantemos com o PCdoB não é meramente formal”, destacou o ministro.

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Eloi Araujo – acompanhado de seu assessor, Mesquita Bolla, do secretário de Políticas para as Comunidades Tradicionais, Alexandro Reis, e do assessor parlamentar, Benedito Cintra, estes últimos membros do PCdoB – foi recebido pelos secretários de Formação, Adalberto Monteiro, e de Movimentos Sociais, Lúcia Stumpf; pela vereadora e candidata a deputada estadual pela Bahia, Olívia Santana; pela sindicalista e membro do CC, Raimunda Leone; pelo presidente da Unegro, Edson França e pelo secretário-geral da Fundação Maurício Grabois, Augusto Buonicore.

Estatuto avançado

Ao contrário do que se alardeou nos grandes veículos de comunicação, a avaliação do ministro Eloi Araújo é de que o Estatuto da Igualdade Racial aprovado recentemente “é um documento moderno, extraordinário, que nos permitirá dar passos importantes para a inclusão do negro. Não acho que tenha saído prejudicado apesar das mudanças que sofreu”.

Para ele, “temos que bater no peito a importância desse documento para não deixá-lo cair no esquecimento, nem ser esvaziado porque sua aplicação fará com que o país fique com mais cara de nação”. O ministro destacou ainda o que considera “outros avanços do governo Lula”. “Em 500 anos de história, nunca houve no Brasil tantos negros e pardos na universidade: são cerca de 300 mil apenas pelo ProUni”.

Ele enfatizou ainda a importância de se dar continuidade a políticas sociais e afirmativas através da eleição de Dilma Rousseff e de lideranças comprometidas com essas causas. Citou como exemplos lideranças negras do PT – como o ex-ministro da Seppir, Edson Santos, que concorre à Câmara pelo Rio de Janeiro – e do PCdoB, como Netinho de Paula, que concorre ao Senado em São Paulo; Leci Brandão e Olívia Santana, que disputam vagas nas Assembleias de São Paulo e Bahia e Evandro Milhomen, que busca se reeleger deputado federal no Amapá.

Desenvolvimento com inclusão

Comunistas ouvem posições do ministro Eloi Araújo sobre o Estatuto 

Adalberto Monteiro ressaltou a importância da luta pela igualdade defendida pelo PCdoB em seu Programa Socialista como fator de fortalecimento e desenvolvimento da nação. “É preciso sempre combater as desigualdades sociais, regionais e raciais para sermos um país pujante, progressista” e o “Estatuto é um legado importante do governo Lula para esta luta”.

Edson França, da Unegro, destacou a necessidade de “tirar do papel, com urgência, os termos estabelecidos pelo Estatuto, colocando em prática as ações ali determinadas porque precisamos ir além e devemos aproveitar este momento em que a discussão sobre a igualdade está em alta no Brasil”.

Olívia Santana, por sua vez, destacou que “o presidente Lula sempre teve muito apreço pela questão da igualdade racial” e ressaltou a necessidade de se dar continuidade a esse ciclo e incluir a população negra. “Se há avanço e desenvolvimento no país, a população negra e pobre tem que estar incluída nesse processo. E um fator importante é a educação de nossos jovens”.

Da redação,
Priscila Lobregatte