Campanha governista só ganhará estrutura em agosto
Sábado, 17 de julho de 2010, 09h19m
Roberta Tum
Num ano em que a captação de recursos para campanha está dificultada pelas normas legais quanto à doação de empresas, a campanha do candidato à reeleição Carlos Gaguim só ganhará as ruas com todo suporte estrutural em agosto.
Publicado 19/07/2010 21:35 | Editado 04/03/2020 17:21
Carlos Gaguim só ganhará as ruas com todo suporte estrutural em agosto. A campanha já está oficialmente deflagrada pela justiça eleitoral, que cumpre agora apenas o papel de analisar pedidos de impugnação de registros. Na próxima terça-feira, 20, boa parte das dúvidas serão resolvidas com a divulgação das primeiras decisões. Evidente que ainda caberão recursos às instâncias superiores, mas a campanha que em outros tempos já estaria nas ruas, começa timidamente a marcar seus espaços.
É em agosto, quando os programas eleitorais ganham as telas no horário gratuito e obrigatório que o circo pega fogo. Este ano, o diferencial imposto pela legislação – mais rígida no item captação de recursos – empurrou a campanha governista um pouco mais no calendário.
Não existe comitê central aberto, apenas um escritório de coordenação, em fase de estruturação. Ainda não há fachada, os móveis estão chegando, e no endereço o que funciona de fato é a coordenação de imprensa, de agenda, além da coordenação geral. Não há carros nas ruas, e timidamente começam a circular os que pertencem às estruturas individuais de candidatos das chapas proporcionais.
Limite para empresas doarem
Aportar dinheiro na campanha, na forma que determina a lei, é o maior desafio para as duas coligações. As empresas têm limite legal estipulado para doação, num percentual dentro do seu faturamento no ano anterior. Doações como ocorriam antigamente, acima da capacidade financeira, não são legais, e podem determinar a rejeição de contas do candidato e prejuízo para a sua diplomação.
Mas se a entrada do dinheiro ficou mais difícil, a saída está cada vez mais fiscalizada. Os contratos temporários de trabalho, locação de carros, estruturas de palco, som, cadeiras, e tudo que movimenta a estrutura material de uma campanha devem ter fiscalização redobrada. Especialmente por que depois da campanha sempre sobram os que alegam terem sido contratados, e não ter recebido tudo o que era devido.
Agosto acelerado
Mas se no final da segunda semana de julho a estrutura de trabalho esperada por lideranças políticas de juventude, segmentos organizados e afins ainda não chegou, a promessa é de que tudo estará no lugar dentro da campanha de Gaguim na primeira semana de agosto. Até lá a política que será feita é a da “saliva e da sola de sapato”, garante o staff de coordenação de campanha.
Depois a campanha deve ganhar força, e estrutura. Desde que tudo passe pela aprovação da coordenação jurídica e financeira. Para evitar problemas futuros