Dengue se alastra e governo paulista se preocupa com propaganda
O Estado de São Paulo concentra aproximadamente 25% do total nacional de casos suspeitos de dengue e o maior número de pessoas mortas em consequência da doença. Mas as autoridades do Governo Alberto Goldman (PSDB) estão encontrando tempo e oportunidade para cuidar de outro aspecto: a propaganda do combate ao mosquito que transmite a dengue.
Publicado 20/07/2010 16:04
Funcionários da Superintendência de Controle de Endemias no interior de São Paulo estão sofrendo pressões, há duas semanas, para esconder a participação do governo federal em parcerias com o governo paulista para combater o Aedes Egipty.
Na região de Araraquara, por exemplo, os servidores receberam ordem para remover dos veículos oficiais os adesivos que identificam a ajuda federal.
Os carros são do Plano de Erradicação do Aedes aegypti, programa desenvolvido pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em parceria com o governo estadual de São Paulo. Pelo convênio, cabe ao governo federal repassar inseticidas e solventes à superintendência para o controle químico da doença.
Os adesivos foram arrancados de alguns veículos e, em outros, a marca do governo federal foi coberta.
Enquanto as autoridades paulistas se preocupam com a propaganda, a dengue avança. O mais recente levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde sobre a incidência da doença neste ano aponta São Paulo como o estado que apresenta o maior número de notificações – 185.966, entre janeiro e o início de maio.
O número equivale a aproximadamente 25% do total de casos suspeitos acumulado em todo o país. Também em São Paulo o ministério registrou o maior número de pessoas mortas em consequência da doença – 99 vítimas até 1º de maio.
Fonte: Brasília Confidencial