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Hillary vai à Coreia para elevar ainda mais a tensão na região

As novas sanções econômicas e financeiras contra a República Popular Democrática da Coreia (RPDC), anunciadas nesta quarta-feira pela secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, elevarão mais ainda as tensões na península coreana.

Durante a visita oficial que realiza esta semana a Seul, Hillary assinalou que as medidas são "parte de uma série de ações encaminhadas a frear a proliferação nuclear na região", onde o Pentágono mantém acantonados mais de 35 mil soldados e armas de última geração, inclusive nucleares.

Segundo a chefe da diplomacia estadunidense, as sanções estarão dirigidas contra a venda ou aquisição de armas e bens afins, assim como também a aquisição de artigos de luxo.

Washington também congelará os ativos da RPDC, impedirá as viagens para o exterior e colaborará com diferentes bancos para evitar as transações financeiras do país asiático.

As medidas são somadas às impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas em 2006 e 2008 sob pressão dos Estados Unidos e, de acordo com as palavras de nenhuma credibilidade da secretária de Estado, "não estão contra o povo norte-coreano".

Hillaru Clinton anunciou as medidas ao encerrar uma reunião com o secretário estadunidense de Defesa, Robert Gates, o ministro sul-coreano de Relações Exteriores Yu Myung-Hwan, e o titular do ministério da Defesa, Kim Tae-Young.

Ao mesmo tempo que insistia para que a RPDC abandonasse os programas nucleares, Hillary falava dos exercícios aeronavais de ataque que seu país realizará com forças da Coreia do Sul a partir do próximo domingo.

Além disso, Hillary insistiu em dizer que a RPDC deveria reconhecer sua "culpa" no caso do afundamento da fragata sul-coreana Cheonan, em 26 de março passado.

A RPDC refutou as acusações e propôs o envio de especialistas para verificar as supostas provas, solicitação que Seul negou diversas vezes, repetindo que o incidente teria sido causado por um ataque de torpedo norte-coreano.

A chefe da diplomacia americana e o secretário de Defesa visitaram Panmunjong, a fronteira fortificada que divide as duas partes da Península Coreana ao longo do paralelo 38.

As duas Coreias ainda se encontram em uma situação de guerra técnica, já que o conflito bélico (entre 1950 e 1953) foi suspenso por meio de um armistício e jamais foi formalizado um acordo de paz entre as duas partes.

A guerra selou o destino de Seul, transformado em um vassalo de Washington desde então, o que dificulta a estabilidade e qualquer acordo de paz na região.

Da redação, com informações da Prensa Latina