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Coordenação de Dilma cria comitês suprapartidários pelo país

A mais recente reunião da coordenação operativa da campanha de Dilma Rousseff aconteceu nesta terça-feira, 27, no comitê nacional, em Brasília, para planejar o encaminhamento de ações da agenda e de mobilização da militância. Conforme decisão tomada na última segunda-feira pelo conselho político já estão sendo implantados comitês especiais nos estados onde há mais de um palanque, visando englobar as forças políticas e sociais que apoiam a candidata.

Um dos mais adiantados é o do Rio Grande do Sul, que planeja um café da manhã com a ex-ministra na próxima sexta-feira (30), em Porto Alegre. Com a ideia de fazer comitês suprapartidários, o evento reunirá lideranças de legendas e de entidades sociais. Em São Paulo, o comitê deverá reunir apoiadores das candidaturas de Aloizio Mercadante (PT) e Paulo Skaf (PSB) ao governo e mesmo apoiadores de siglas que localmente apoiam Geraldo Alckmin, como o PMDB, PTB, DEM, entre outras. Em Santa Catarina, o trabalho de implantação do comitê também está adiantado.

“A ideia de criar esses comitês é evitar a dispersão de forças e criar uma forma de integrar os mais diversos campos políticos e sociais que nacionalmente estão com Dilma”, disse Adalberto Monteiro, secretário de Formação do PCdoB, indicado pelo partido para representá-lo na coordenação operativa nacional. A sugestão desses comitês partiu dos comunistas e vem da noção de que é preciso haver amplitude e pluralidade na base de Dilma. “Mesmo onde há um só palanque, a condução da campanha de Dilma, para ser eficaz precisa estar nas mãos de toda a coligação”, disse.

Outro ponto acertado durante a reunião foi a realização, em breve, de eventos focados nos trabalhadores, juventude e mulheres. Uma das ações será um ato de entrega à candidata das propostas advindas da Conclat – que reuniu milhares de trabalhadores e as cinco principais centrais sindicais brasileiras no dia 1º de junho, em São Paulo – e da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) – que também aprovou propostas em assembleia no dia 31 de maio, na mesma cidade.

Uma agenda com a juventude também já está sendo planejada. André Tokarski (presidente da UJS)e Augusto Chagas (presidente da UNE) – comunistas que integram o Comitê de Juventude – já estão trabalhando pela realização de encontros de jovens com a candidata. Um deles deverá reunir estudantes universitários e secundaristas.

O foco central desse conjunto de ações é estimular e ampliar o alcance da segunda pilastra da campanha de Dilma: os movimentos sociais (a primeira é a coligação plural). “O PCdoB defende a valorização dessa militância social, principal diferencial entre a nossa candidatura e a do adversário (José Serra), que não conta com o apoio dessa frente”, diz Monteiro.

Após a realização dessa segunda reunião da coordenação operativa, Adalberto Monteiro comentou, a respeito da amplitude da coligação “Para o Brasil seguir mudando” – composta por PT, PMDB, PCdoB, PDT, PRB, PR, PSB, PSC, PTC e PTN. “Está havendo uma atitude política positiva que busca garantir, na prática, que Dilma seja a candidata de uma coligação e não apenas de um partido”.

Provas desse comportamento são, segundo ele, o funcionamento regular, a cada quinze dias, do conselho político de campanha; a formação de uma comissão com representantes de todas as dez legendas – além de grupos temáticos especiais – para elaborar o programa de governo; e o andamento da coordenação operativa “que progressivamente vem cumprindo o seu papel de auxiliar o conselho na materialização das ações”.

Ele também ressaltou que “há um clima de confiança quanto à possibilidade de vitória, mas ao mesmo tempo – o que é positivo – todos estão convictos de que se anuncia um confronto duro e difícil que demanda muito trabalho e mobilização”.

Da redação,
Priscila Lobregatte