Assassinato de Colombiano e Catarina completa um mês sem solução
Já se passaram 30 dias desde o assassinato do Tesoureiro do Sindicato dos Rodoviários, Paulo Colombiano, e da secretária do PCdoB na Bahia, Catarina Galindo, e a polícia ainda não tem pistas dos mandantes e executores do crime. Para cobrar mais agilidade nas apurações, sindicalistas ligados à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil e da Central Única dos Trabalhadores realizaram uma vigília nesta quinta-feira (29/7) em frente à Secretaria de Segurança Pública, em Salvador.
Publicado 29/07/2010 23:12 | Editado 04/03/2020 16:19
“Nós estamos ansiosos para que a Justiça dê um veredicto sobre o caso, pois já se passaram 30 dias desde o assassinato de Paulo e Catarina e nada ainda foi apurado. Estamos buscando abrir um caminho de diálogo com a SSP para sabermos o que está acontecendo, já que não temos notícia alguma sobre o andamento do caso. Nós falamos com o secretário de Segurança César Nunes logo após o crime, mas depois não obtivemos mais nenhuma informação. Algumas pessoas foram ouvidas pela polícia, mas o movimento sindical não recebeu nenhuma notícia”, disse o presidente da CTB Bahia, Adilson Araújo.
O presidente da CTB informou ainda que os sindicalistas não pretendem deixar o caso cair no esquecimento. “Estamos sempre fazendo mobilizações para cobrar celeridade na apuração do caso, como aconteceu no dia de São Cristóvão, padroeiro dos motoristas, quando participamos junto com o Sindicato dos Rodoviários de uma caminhada, um café da manhã e uma missa, onde homenageamos Colombiano e sua companheira Catarina”, ressaltou.
“Resolvemos fazer esta vigília hoje, pois ficamos sabendo, através da imprensa, que a delegada responsável pelo caso, Francineide Mourão, pediu a prorrogação do prazo para conclusão do inquérito, porque não há ainda nenhuma solução. Nós do movimento sindical estamos cobrando agilidade da polícia, pois não vamos aceitar que este crime caia no rol dos insolúveis. Nós queremos saber quem foram os responsáveis pelo assassinato de companheiros que tanto contribuíram com a luta dos trabalhadores na Bahia. Nós queremos para Colombiano e Catarina a mesma agilidade do caso do delegado que foi a assassinado em Camaçari e que foi solucionado em menos de 24 horas”, concluiu Adilson Araújo.
Paulo Colombiano e sua esposa, Catarina Galindo, foram assassinados a tiros no dia 29 de junho, quando chegavam em casa, no bairro de Brotas, em Salvador. Após as primeiras investigações, a polícia concluiu que foi um crime de mando, mas ainda não conseguiu apontar os culpados. A morte do casal, que era militantes do PCdoB, chocou os amigos e parentes, já que ambos eram pessoas extremamente queridas.
De Salvador,
Eliane Costa