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Teste do ouvidinho: lei em benefício da comunidade

“É coisa simples que a gente precisa fazer no Parlamento”. Assim se manifestou o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), autor da lei que torna obrigatório e gratuito “o teste do ouvidinho”. A lei foi publicada nesta terça-feira (3) no Diário Oficial. “Esse teste, denominado "emissões otoacústicas evocadas" está ligado aos problemas do povo. O teste permite que se identifique logo ao nascer se a criança tem problema de saúde, o que permite tratar e curar a pessoa”, explica o senador.

O senador comunista citou o parlamentar russo, Mikhail Kalashnikov, inventor da AK 47 – uma arma mortífera, que ao ser indagado sobre o que fazia no Parlamento, respondeu que buscava transformar em legislação as solicitações do povo da minha cidade e levar para minha comunidade os benefícios que o desenvolvimento possibilita.

“Eu acho que se deve fazer isso”, repete Inácio, destacando que ao ouvir as preocupação do Ministério da Saúde sobre os recursos para financiar o exame, ele lembra que os recursos serão menores na prevenção do que no tratamento e adaptação de pessoas que vivem situação diferenciadas, além dos constrangimentos e problemas emocionais. “Se pode, porque não fazer?”, indaga.

Segundo Inácio, o diagnóstico correto e precoce de alterações no aparelho auditivo que podem vir a provocar deficiência auditiva ou surdez, representa uma garantia de que o tratamento será eficaz. Inácio explica que, no Brasil, as alterações auditivas congênitas levam, em média, três a quatro anos para serem diagnosticadas, comprometendo a eficácia das ações corretivas.

A lei torna obrigatória e gratuita a realização da triagem auditiva em todos os recém-nascidos nas maternidades e hospitais brasileiros, por meio do Sistema Único de Saúde. Até hoje o exame só era feito mediante pagamento.

O exame detecta precocemente alguns problemas auditivos e deve ser realizado 24 horas após o nascimento. Rápido e indolor, o teste é feito por meio de um estímulo acústico na orelha do bebê. Se houver resposta ao estímulo, a audição do bebê em 90% dos casos é normal. A falta de resposta significa que o bebê precisa fazer o teste Bera (Audiometria de Tronco Cerebral), para confirmação ou não da deficiência auditiva.

De Brasília
Márcia Xavier