Após deixar solitária, antiterrorista cubano agradece apoio
Depois de ter sido libertado da solitária na qual passou 13 dias, o antiterrorista cubano, Gerardo Hernández, divulgou nesta quinta-feira (05), uma carta de agradecimento àqueles que pressionaram para que ele fosse reintegrado à população carcerária.
Publicado 05/08/2010 09:38
A mensagem de Gerardo, ditada por telefone, foi tornada pública pelo Comitê Internacional pela Libertação dos 5 Cubanos, que comemorou sua saída da solitária como sendo "uma pequena vitória dentro de uma grande arbitrariedade". Veja abaixo o texto de Gerardo, que está preso nos Estados Unidos há 12 anos, acusado de conspirar contra a segurança nacional norte-americana, embora seu único crime tenha sido se infiltrar entre os terroristas anticubanos de Miami, para desbaratar planos contra a ilha.
Queridos irmãos de Cuba e de todo o mundo:
Estas palavras espero ditá-las por telefone, pelo que devo ser breve e, além do mais, não poderei dizer-lhes tudo o que queria, para que não cortem a comunicação. Ontem me retiraram da solitária com a mesma rapidez com que me puseram nela. Supostamente me levaram sob o pretexto de investigação. As investigações podem durar 3 meses, às vezes mais, porém estive ali 13 dias. Como diria um conhecido jornalista cubano: tirem suas próprias conclusões…
Quero expressar-lhes meu profundo agradecimento. Já sabem que foram dias particularmente difíceis pelo excesso de calor e a falta de ar, porém vocês foram meu oxigênio. Não encontro melhor maneira de resumir a enorme importância de seus esforços solidários. Muito obrigado a todas as companheiras e companheiros de Cuba e do mundo todo que uniram suas vozes para condenar minha situação. Às instituições, organizações e pessoas de boa vontade que, de uma maneira ou outra, trataram de pôr fim à injustiça.
Ao nosso presidente Raúl, que tanto nos honra com seu apoio. Ao Parlamento cubano e seu presidente Ricardo Alarcón, incansável lutador pela causa dos Cinco. Aos meus 4 irmãos, que me fizeram chegar suas mensagens de alento e que tem sofrido e vivem sob o constante perigo de voltar a sofrer similares abusos. E é claro ao nosso querido Comandante em Chefe: Obrigado por tanta honra! (Não sei se deva dizê-lo, porém só pelo privilégio de escutar meu nome na voz de Fidel me dão desejos de agradecer também aos que me mandaram para a solitária…)
Obrigado, Comandante, pela alegria de escutá-lo e vê-lo tão grande como sempre!
Obrigado a todos tor terem demonstrado uma vez mais o poder dessa solidariedade que, sem dúvida, nos fará livres algum dia também.
A luta continua!
Um forte abraço,
Gerardo Hernández Nordelo
Prisão Federal de Victorville, CA
Agosto 3, 2010