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Em crise, TV Cultura não produzirá mais TVs Assembleia e Justiça

Em reunião com representantes do Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo e do Sindicato dos Radialistas, o presidente da Fundação Padre Anchieta (gestora da Rádio e TV Cultura), João Sayad, informou que os contratos para as produções das TVs Assembleia e Justiça, que terminam no final deste ano, não serão renovados. Isso representa o desligamento de cerca de 450 funcionários. Sayad, disse que esses trabalhadores deverão ser absorvidos pela fundação que assumir a produção dos canais.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo, José Augusto Camargo (Guto) esteve reunido na tarde desta quinta-feira (12) com o presidente da Fundação Padre Anchieta (gestora da Rádio e TV Cultura), João Sayad. Ele foi acompanhado do presidente da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT/SP), Adi Santos, do diretor de Comunicação da central, Daniel Reis, do diretor do Sindicato dos Radialistas, Sérgio Ipoldo, além de representantes dos funcionários.

O Sindicato solicitou o encontro após as denúncias públicas de que a TV Cultura pretende efetuar demissão em massa de seus funcionários. Na reunião, Sayad reconheceu que a Rádio e TV Cultura passa por dificuldades financeiras e tem dívida de cerca de R$ 200 milhões e que os contratos para as produções das TVs Assembleia e Justiça, que terminam no final deste ano, não serão renovados. A medida representa desligamento de cerca de 450 funcionários entre jornalistas, radialistas, pessoal administrativo e de apoio.

Segundo João Sayad, esses trabalhadores não serão aproveitados pela TV Cultura, mas deverão ser absorvidos pela fundação que assumir a produção dos canais. Para garantir que isso efetivamente aconteça os Sindicatos exigiram que o processo de transição fosse acompanhado pelas entidades. Para dar continuidade a esta negociação haverá nova reunião nesta sexta-feira (13) nas dependências da Assembleia Legislativa. As TVs Justiça e Assembleia foram criadas por força da lei e há recursos públicos para mantê-las. A única diferença é que não será mais a TV Cultura a realizar as respectivas produções.

“Entendemos que os funcionários não podem ser demitidos nestes meses em decorrência do período eleitoral. Afinal, a TV Cultura recebe recursos públicos e precisa seguir a regra geral”, afirma José Augusto Camargo, presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo.

Os Sindicatos dos Jornalistas e dos Radialistas informaram que continuarão a atuar em conjunto, acompanhando todos os desdobramentos da crise da Fundação Padre Anchieta.

Fonte: Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo