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Crise: Matarazzo chama a TV Cultura de "ficção"

Andrea Matarazzo, secretário da Cultura de São Paulo, chamou a TV Cultura de "ficção", uma emissora a que "ninguém assiste", nem os seus próprios conselheiros. A emissora é administrada pela Fundação Padre Anchieta e recebe dinheiro do Estado de São Paulo por meio da Secretaria da Cultura. A Rádio e TV Cultura passa por grave crise institucional, deixará de produzir a TV Assembleia e a TV Justiça e pode demitir até 450 funcionários.

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As críticas de Matarazzo foram publicadas pelo site "Poder Online". "São R$ 80 milhões [repasse do Estado para a emissora] para quê? Pagar conselheiros? Aqueles conselheiros nem assistem à TV Cultura", disse, de acordo com o site.

Matarazzo criticou Jorge da Cunha Lima, hoje vice-presidente do conselho da Fundação Padre Anchieta, que ocupou a presidência da Cultura por nove anos.

Em reportagem publicada pela Folha na quarta-feira, Cunha Lima afirmou que as mudanças anunciadas pelo novo presidente da Cultura, João Sayad (como a contratação de veteranos como Marília Gabriela, Maria Cristina Poli e Alexandre Machado) podem colocar a emissora "na metade do século 19".

"Quem colocou a TV Cultura no século 19 foi ele, que é vice-presidente do conselho e membro vitalício", disse Matarazzo, segundo o site.

À Folha, Cunha Lima afirmou ontem que "ficção científica" é a afirmação de Matarazzo de que os conselheiros recebem salário. Só o presidente do conselho recebe salário, remuneração inaugurada quando Cunha Lima passou a ocupar o cargo.

Em seu blog, Cunha Lima disse que elogiou a contratação de Marília Gabriela e de Alexandre Machado no conselho. Afirmou também que a "TV Cultura não é uma ficção" ou "o caos que se deseja vender" e "ainda é a melhor televisão pública do Brasil".

Fonte: Folha de S. Paulo