América Latina quadruplica superávit comercial com China em 2009

Grande parte do superávit se deve a países exportadores de matérias-primas como Brasil e Chile, mostrou o estudo feito com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). O superávit do Brasil com a China aumentou para US$ 14,185 bilhões (30,7%), "um número maior que todas as exportações chinesas para o país", precisou a "Latin Business Chronicle", especializada em negócios da América Latina.

Desenvolvimento desigual

O Chile também registrou um superávit com a China no ano passado com alta de 46,3%, chegando a US$ 7,626 bilhões. Com relação à troca comercial total entre América Latina e China, houve queda de 15,5% em 2009, chegando a US$ 118,226 bilhões de acordo com os números da publicação. É preciso observar que o recuo se deu num momento agudo da crise do capitalismo iniciada nos EUA, que foi acompanhada de uma contração do comércio mundial superior a 20%.

A queda das trocas da AL com o gigante asiático foi menor do que com o chamado Ocidente (EUA, Europa e Japão), de forma que a participação relativa dos chineses no comércio exterior da região cresceu apesar do recuo. O comércio entre a região e o país asiático ficou em US$ 139,895 bilhões em 2008.

O estudo revela que o Chile substituiu o México como o segundo maior parceiro da China na América Latina, enquanto a Venezuela substituiu a Argentina como o terceiro maior exportador. Em 2009, a China se transformou na maior parceira comercial do Brasil, depois de superar os Estados Unidos, o que reflete o desenvolvimento desigual das nações e o declínio do poder econômico relativo do império. A demanda da China é uma das âncoras da recuperação econômica do Brasil e outros países latino-americanos.[

Da redação, com agências