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Ceticismo marca início de conversações sobre Oriente Médio

O dirigente palestino, Mahmud Abbás, e o israelense, Benjamin Netanyahu, iniciaram nesta quinta-feira (2) conversações na busca da paz no Oriente Médio, em um ambiente marcado pelo ceticismo diante do possível resultado do encontro.

O diálogo foi iniciado com a ausência de um compromisso de Telavive de deter os assentamentos ilegais de colonos nos territórios ocupados pelas tropas israelenses desde a agressão de 1967.

Segundo diversas análises e comentários sobre a situação, essa postura das autoridades sionistas é uma das questões chaves que mais podem fazer gorar essa renovada intenção de paz.

O presidente estadunidense, Barack Obama, considerou na quarta-feira que ambos os representantes "querem a paz", após sustentar reuniões separadas co Abbás e Netanyahu.

"Conversações diretas poderiam ser a chave para obter uma aproximação necessária e iniciar o que marcaria o fim de um dos maiores desafios que enfrenta a comunidade internacional, em termos de alcançar um acordo pacífico", observou o presidente.

Especialistas e mediadores na disputa estimam que a única solução ao problema é o fim da ocupação dos territórios palestinos e a criação de um estado palestino que conviva em paz e harmonia com Israel, tal como estabelecem várias resoluções aprovadas pelas Nações Unidas.

Hillary Clinton, secretária de Estado dos EUA, fez as vezes de anfitriã do retorno às negociações diretas, bloqueadas há quase dois anos.

Entretanto, a ausência de um compromisso de Netanyahu sobre uma ampliação da moratória de 10 meses que Israel impôs à construção de casas nos assentamentos na Cisjordânia, que vence em 26 de setembro, ameaça a reunião.

Abbás advertiu que os palestinos renunciarão às negociações se forem renovadas as contruções nas terras que Israel se apropriou durante a guerra de 1967.

O processo de negociações está estancado há 20 meses, após a agressão israelense denominada Operação Chumbo Derretido, executada por Israel contra a Faixa de Gaza, com o resultado de 1.400 palestinos assassinados pelo exército israelense.

Fonte: Prensa Latina