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Viagem de Obama evidencia perda de esperança em eleitores

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pode conferir nesta quinta-feira (30) a perda de esperança dos eleitores que o levaram à Casa Branca em 2008, durante uma viagem por vários estados do país.

Obama aproveitou a ocasião para atacar o Partido Republicano em seus discursos a favor dos democratas, com vistas às eleições de novembro próximo.

A poucas semanas de um veredito eleitoral sobre a manutenção ou não do controle do Congresso pelos democratas, o chefe da Casa Branca constatou o mal-estar e a angústia dos eleitores, porque a economia do país não retoma os trilhos da recuperação.

Durante seu percurso de dois dias por Novo México, Wisconsin, Iowa e Virgínia, a crise econômica herdada do republicano George W. Bush foi a principal queixa e preocupação da maioria das pessoas que lhe falaram.

Como aconteceu em Des Moines, no estado de Iowa, quando uma mulher falou de seu filho e de seus amigos recém diplomados na universidade, o tema foi recorrente. Eles estão perdendo a esperança, que é a mensagem que você lhes inspirou durante sua campanha presidencial, alfinetou a mulher.

Ali, como em outras ocasiões da viagem, Obama acusou a oposição de ser desonesta e de oferecer saídas que de 2001 a 2009 conduziram o país à situação atual.

"Realmente, são as mesmas políticas que nesses anos foram omissas em relação aos difíceis problemas e não falaram honestamente ao público estadunidense sobre o que temos que fazer para colocar o país em um bom caminho em longo prazo", destacou.

A viagem de Obama, concluída na quarta-feira, poder ser vir como um referencial para o partiro fixar um rumo para a campanha, que na reta final aumentará em virulência e retomará experiências de ataques entre os candidatos a um lugar no Capitólio

Em sua parada em Albuquerque, no Novo México, o presidente abordou o tema da reforma no sistema educacional e o apoio dado à juventude, o que, na opinião dele, será revertido se a oposição consequir a maioria no Congresso.

Analistas consideram que os discursos de Obama não tiveram grande acolhida nos eleitores, que agora estão mais focados nos efeitos da recessão em seus bolsos, algo que determinou o voto na maioria das eleições estadunidenses.

A viagem coincidiu com a publicação de uma longa entrevista do presidente na revista Rolling Stone, na qual criticou com duros termos seus partidários que, segundo ele, alimentam uma perigosa apatia na militância da base partidária.

Em essência, a economia ratificou sua força como tema eleitoral sem tirar importância a temas como a educação, saúde e reforma das leis migratórias, alguns enfrentados pelos democratas e outros que permanecem como matérias pendentes do governo, sofrendo boicote dos republicanos.

Da redação, com informações da Prensa Latina