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Chávez nega ligações com ETA e diz que querem desestabilizá-lo 

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, rechaçou, nesta terça-feira (5), as acusações de que integrantes do governo venezuelano apoiaram treinamentos de membros do grupo separatista basco ETA. As denúncias foram feitas na segunda (4) por autoridades do Ministério Público da Espanha a partir de investigações com dois integrantes do grupo que disseram ter sido treinados na Venezuela. 

Para Chávez, as acusações têm o objetivo de desestabilizá-lo. "É bem sabido que isso é como um disco quebrado [informando que] há campos do Hezbollah aqui, que há terroristas, que existe bomba atômica e que alguns cientistas vendem segredos para o nosso país. Toda a parte da orquestra joga contra a revolução bolivariana”, disse.

Em seguida, o presidente reiterou que a campanha contra ele é constante. "Há uma conspiração permanente contra o verdadeiro processo democrático", afirmou. “Por meio de boatos e rumores [espalham informações].” As informações são da imprensa oficial da Venezuela, a Agência Venezuelana de Notícias (AVN).

O juiz Ismael Moreno disse que Juan Carlos Besance e Xabier Atristain ficaram na Venezuela em 2008 – de julho a agosto – para fazer um curso sobre armamentos. Eles foram presos no dia 29 de setembro no País Basco, no Norte da Espanha. Se confirmada a denúncia, esse será o primeiro reconhecimento por parte dos separatistas sobre a utilização da Venezuela como local de treinamento.

As denúncias ocorrem depois de seis meses que vários juízes espanhóis acusaram o governo Chávez de auxiliar os rebeldes do ETA, abrindo uma crise diplomática entre os dois países.

Fonte: Agência Brasil, por Renata Giraldi