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Israel avalia prorrogar congelamento de colônias na Cisjordânia

O premiê israelense Benjamin Netanyahu e seu gabinete de segurança avaliam nesta terça-feira (5) estender por mais 60 dias a moratória na construção de colônias na Cisjordânia, para diminuir as críticas externas e internas ao modo como o governo trata a questão.

Netanyahu analisa nesta terça-feira o assunto em uma discussão com sete de seus ministros, procurando encontrar razões para ampliar o congelamento dos territórios ocupados, em troca de garantias dadas pelos Estados Unidos nas negociações com os palestinos.

Os dois meses de prorrogação na paralisação de obras no território ocupado permitiria retomar a decisão adotada há 10 meses e que expirou em 26 de setembro, o que gerou fortes críticas da direção palestina.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmud Abbas, decidiu abandonar o diálogo direto reiniciado no dia 2 de setembro em Washington, enquanto Telavive insistir em permitir a ocupação e a construção para os judeus nas terras árabes usurpadas em 1967.

Segundo destacaram os jornais israelenses, o chefe do executivo sionista cancelou um giro pela parte ocupada de Jerusalém para realizar a discussão com o grupo de ministros da chamada equipe de segurança.

A administração de Barack Obama exige que seu principal aliado no Oriente Médio reconsidere o fim da moratória, e se Netanyahu obtiver o apoio para isso, deverá submeter o tema a votação de sua equipe no dim do dia.

Conforme a mídia local, o premiê aceitou estender a moratória por dois meses em troca de que não lhe seja pedida uma nova prorrogação por parte dos Estados Unidos, e que se permita continuar a execução dos projetos de ocupação da Cisjordânia iniciados depois de 26 de setembro.

Na avaliação da mídia, os ministros de Defesa, Ehud Barak, e de Energia Atômica e Inteligência, Dan Meridor, devem apoiar a posição do premiê, enquanto o chanceler ultraortodoxo Avidgor Lieberman é apontado como visceralmente contra a decisão.

Os demais ministros podem apoiar Netanyahu, depois de intensos debates sobre o tema, porque desejam que a decisão seja adotada antes que o Comitê de Seguimento da Iniciativa Árabe de Paz dentro da Liga Árabe se reúna em caráter de emergência, na sexta-feira (8), na Líbia.

Os líderes árabes deram pleno apoio a Abbas em sua posição de retirar-se das negociações enquanto as construções permanecerem autorizadas na Cisjordânia, e prevê-se que a reunião de Sirte, Líbia, ratifique esse apoio, conforme adiantou o secretário geral, Amr Moussa.

Ao mesmo tempo que a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, pressionava com maior intensidade Netanyahu em uma conversa telefônica, a extrema-direita de Israel exigia que desconsiderasse por completo a moratória.

O prefeito de Beit El, uma área invadida da Cisjordânia, Moshe Rosenbaum, disse ao diário Ynetnews que exigiu que o governo "não capitulasse" porque a moratória nas construções "uma ferida vergonhosa e humilhante" aos "direitos humanos" básicos daqueles que ocupam e invadem as terras palestinas.

Da redaçao, com Prensa Latina