Zito Vieira, um comunista de 1 milhão de votos

Foi com um discurso crítico e pontual que Zito fez sua campanha. Denunciou o baixo salário dos professores, felicitou greves, levou as mazelas maquiadas pela maquina tucana à lona. Durante os meses que esteve ao lado de Hélio Costa e Patrus Ananias, Zito fez os mais inflamados discursos, com maior carga de oposição ao governador e seu projeto.

Para Zito, o mais importante destas eleições foi poder levar o pensamento do PCdoB para centenas de lugares e ter consolidado no estado o papel de oposição ao projeto neoliberal. “Nosso estado vive sob a sombra de um projeto nefasto, desumano e marqueteiro que não melhora a vida das pessoas, mas finge que faz, as pessoas estão inebriadas por uma verdade fabricada. Para os tucanos, a pobreza é um número, a falta de educação é um numero, o desemprego é um número.”, apontou.

Sobre a experiência da candidatura ao Senado, Zito afirma que conhecer mais o estado de Minas foi sua maior recompensa. “Conversei com os agricultores do Sul de Minas, com os operários do Vale do Aço, estive com os artesãos em São João Del Rey, com as Meninas de Sinhá no Alto Vera Cruz, com a juventude de Contagem. Em cada lugar desses aprendi mais sobre Minas, sobre as riquezas que produzimos e nossas grandes dividas para com esse povo”, disse Zito.

Para a presidente do PCdoB mineiro, a deputada reeleita Jô Moraes, a votação de Zito Vieira foi a manifestação das pessoas que teimam em mandar no seu próprio voto. “Minas não se submete, as pessoas que votaram no PCdoB tiveram este sentimento de força do seu voto, um voto liberto, consciente, socialista”, disse a deputada que foi a única mulher eleita em Minas para Câmara Federal, com mais de cento e cinco mil votos.

De Belo Horizonte,
Pedro Leão