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Bahia assina acordo para defender jogos na Fonte Nova

"Bahia, Bahia, Bahia", este grito, preso na garganta de muitos torcedores do tricolor pode voltar a soar nas arquibancadas da futura Arena Fonte Nova. Um memorando de entendimentos foi assinado na manhã desta terça-feira (5) entre Marcelo Guimarães Filho, presidente do Esporte Clube Bahia e Dênio Cidreira, presidente da Fonte Nova Participações (FNP).

O documento estabelece critérios para garantir ao clube o mando de campo na Fonte Nova para os jogos que serão realizados em Salvador.

"A Fonte Nova sempre foi muito especial para o Bahia. O time sempre se deu muito bem lá, foi o palco das nossas maiores vitórias, dos nossos maiores títulos, toda nossa história é muito ligada à Fonte Nova", disse o presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho.

"Nossa expectativa é de levar as famílias, inclusive as crianças para a arena. Além, é claro, das torcidas organizadas, que dão um show à parte", afirma Dênio Cidreira, presidente da FNP, consórcio formado pelas construtoras OAS e Odebrecht. As empresas levarão R$ 1,6 bilhão para reerguer a Fonte Nova, em modelo de negócio que também envolve gestão e manutenção por 35 anos do estádio baiano.

Participação rubro-negra

A FNP tenta agora atrair o Esporte Clube Vitória à parceria. Para o gestor local da Copa, Ney Campello, a participação dos dois clubes no acordo pode levar o futebol baiano a um novo patamar. Assim, a Fonte Nova pretende seguir o exemplo do estádio de Munique, na Alemanha, e Milão, na Itália, em que dois times dividem o mesmo espaço.

Em dias de partida, a depender do mandante, o sistema de luz vai apresentar uma variação nas cores vermelho e azul, no caso do Bahia, ou preto e vermelho, no caso do Vitória.

Viabilidade econômica

Para o secretário de Esporte Nilton Vasconcelos, a realização dos jogos do Bahia e do Vitória no novo estádio é vital para a viabilidade econômica da Arena Fonte Nova. Caso isto aconteça, serão totalizadas ao 56 partidas por ano no estádio.

"Contratos como esse deverão ser assinados pela FNP para dar sustentabilidade econômica ao equipamento e evitar que o governo do Estado tenha que aportar recursos pela contraprestação dos serviços", afirmou Vasconcelos.

Segundo estudo apresentado pela consultoria KPMG Structured, para que a Fonte Nova não se torne um elefante branco o estádio deverá atrair as partidas dos dois principais clubes baianos, mas também receber eventos de grande porte.

Fonte: Portal Copa 2014