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Eleição do Peru fica nas mãos de juízes pouco confiáveis

A eleição da prefeita da capital peruana, vencida (até agora) por Susana Villarán, de centro-esquerda, acabou nas mãos de cinco júris pouco confiáveis, segundo diversos meios de imprensa.

Os júris eleitorais especiais (JEE) deverão revisar, aprovar ou anular mais de oito mil atas, com aproximadamente um milhão e meio de votos, depois das eleições regionais e municipais.

Segundo versões jornalísticas, os presidentes desses tribunais não são confiáveis porque foram designados, em junho passado, pelo presidente da Corte Superior de Lima, César Vega, unido ao governante Partido Aprista.

O Escritório Nacional de Processos Eleitorais (ONPE) terminou ontem à noite a verificação de todas as atas não observadas e estabeleceu que Villarán conseguiu o primeiro lugar com 38,49% ou 1 milhão 318 mil 614 votos.

Em segundo lugar ficou a conservadora Lourdes Flores, que obteve 37,58% ou 1 milhão 287 mil 164 votos, isto é, 31 mil 164 votos a menos que Villarán.

A conta confirmou as pesquisas de boca de urna – nas portas dos colégios eleitorais – e a muito representativa contagem rápida – mostra de atas. Apesar disso, Flores não se resigna e diz que os votos pendentes decidirão.

A demora na finalização da computação e o incomum elevado número de atas observadas, 26,19% do total, motivam preocupações em meios de imprensa críticos do governo e setores unidos à Força Social, grupo de Villarán.

Nílver López, dirigente do Movimento Nova Esquerda (MNI), aliado da candidata, manifestou preocupação pela possibilidade de uma fraude, e o ex-ministro de Trabalho Fernando Villarán – irmão de Susana Villarán – foi além e disse que "a fraude está em marcha".

No entanto, o presidente Alan García, acusado por Villarán e outros setores de oposição de apoiar Flores, recusou a possibilidade de uma fraude e a chefe da ONPE, Margarita Chu, também descartou qualquer "manejo obscuro".

Fonte: Prensa Latina